Objetivo

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

...Nem as ondas do mar apagam...

Silêncio em minha alma, Eu escuto o barulho do vento e das ondas que quebram na beira da praia. Fecho os olhos lentamente, sinto uma lágrima rolar por minha face. Sua imagem surge em minha memória, quase posso sentir sua presença. Estou sentada naquele banco onde fizemos juras de amor eterno, e a dor me invade de uma maneira que eu nem sei dizer, as palavras são insuficientes para expressar o vazio do meu coração...
Lembra dos nossos beijos testemunhados pelo mar e pela lua? Lembra das nossas risadas ao contar nossas histórias? Lembra dos nossos olhares maliciosos ao imaginar tudo o que a noite poderia nos reservar? Eu quase posso ouvir a sua voz. Eu quase posso ver o seu sorriso. Eu quase posso rir do vento bagunçando seus cabelos e fazendo meu corpo arrepiar, para que com o seu abraço forte e acolhedor você me esquentasse.
Eu quase posso ver nossas declarações de amor gravadas na areia. Lembro que fiquei brava quando uma forte onda veio e apagou tudo, mas isso pouco importava para nós dois, afinal, o nosso amor já estava escrito no livro da vida, não estava?
Eu quase posso sentir a água fria daquele mar azul batendo nas minhas costas, suas mãos envolvendo meu corpo e me atirando ao mar, depois seu nado rápido e descoordenado em minha direção, vindo me salvar. Nossos beijos salgados em meio à imensidão de azul. Meu amor, meu amigo, meu menino, meu herói...
Eu quase posso ouvir nossos passos na areia, caminhando de mãos dadas, ver nossas pegadas gravadas, mostrando quanta estrada percorremos juntos, e vendo o horizonte à frente, mostrando quanta estrada ainda tínhamos para trilhar...
Sinto um sorriso brotando em meus lábios. Essas lembranças me trazem uma imensa alegria, sinto como se você ainda estivesse comigo...
Abro os olhos lentamente. O vento frio sopra em meus ouvidos o silêncio triste da sua ausência. Estou com a solidão neste momento. A imensidão do mar me lembra a imensidão de vazio da minha alma desde o dia em que você partiu. Lembra também o enorme amor que ainda trago no meu coração, mesmo sem querer.
As lágrimas agora insistem em cair, e eu nada posso fazer para evitá-las. A dor que sinto é tão intensa que eu quase posso tocá-la. E embora o sol brilhe fortemente, meu mundo ainda permanece nublado... a sua ausência me divide em mil pedaços e o vento os misturam aos grãos de areia...
(Nathalia Peixoto de Lima)

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