Objetivo

terça-feira, 13 de maio de 2008

Odeio puxa-saquismo corporativo

Sabe aquelas pessoas que adoram ser agradáveis, mesmo sendo odiadas pela empresa inteira? Sim, aquela pessoa que fala super mal de você para o seu chefe, queima o seu filme mesmo, inventa mentiras, faz fofocas infundadas, onde ela está envolve todo mundo em problemas e confusões, mas que sempre faz questão de bancar a “super legal”, a “super querida” e a “super popular”, como se o planeta Terra inteiro não pudesse viver sem sua “adorável” presença e seu “importantíssimo” trabalho?
Não estou falando de educação, não. Uma coisa é ter que conviver com pessoas que não gostamos, o que é uma situação completamente normal, acontece com todo mundo. Pode ter certeza de que nem nós agradamos a todos, com certeza deve ter alguém no nosso ambiente de trabalho que não nos suporta. Agora, outra coisa é bajular essa pessoa que não suportamos, é chamá-la pelo apelido, é convidá-la para almoçar com você, tomar cafezinho juntos, ficar de papinho... não suporto esse tipo de coisa!
Sou completamente a favor da diplomacia, já que temos que trabalhar no mesmo ambiente, significa que precisaremos viver em harmonia. Mas viver em harmonia não é sinônimo de ser falso. Sou a favor do profissionalismo, e não do mau caratismo e nem da dissimulação.
Confesso que às vezes eu ainda me surpreendo com a cara de pau de algumas pessoas com as quais sou obrigada a conviver no ambiente de trabalho. A pessoa não faz nada o dia inteiro (só “coça”, como se diz popularmente), gasta seu “precioso” tempo (ou leia também ocioso) fumando, tomando café e observando o comportamento alheio, para depois ir fazer fofocas (muitas vezes mentirosas e /ou exageradas) ao chefe e ainda tem a coragem de bancar a boa colega de trabalho, aquela pessoa meiga e dócil, completamente preocupada com o seu bem-estar. O pior de tudo é que todos da empresa sabem que esta pessoa não está onde está por competência (até porque se o requisito considerado fosse esse, a pessoa estaria é na rua...rs), mas sim pelo que eu vou chamar simpaticamente aqui de “favores prestados no passado que resultaram em garantia para o futuro”, mas ela mesma finge que não é isso, embora use deste benefício para agir da maneira que age (inclusive negligenciando o próprio trabalho). E o pior é que o puxa-saquismo corporativo já vem dos altos escalões, pois eu vejo um monte de gente que se odeia, que já quase chegaram aos socos e pontapés em reuniões se abraçando e se beijando no corredor, como se fossem velhos amigos! Quanto cinismo!
Na vida, não existe meio termo: ou somos pessoas boas ou somos pessoas más. E eu tenho muita raiva de pessoas que são más e se fingem de boazinhas. Para mim, bom mesmo é aquele ser que é um carrasco mesmo, se assume assim e ponto final. Já que ele é mau mesmo, não precisa fingir e nem tentar cair no meio termo. É mau e não tem conversa. Esse tipo de pessoa não representa perigo, pois você já sabe o que esperar dela. Agora, perigosas são as pessoas que são más, mas escondem a sua maldade por trás de um rostinho angelical e uma fala mansa e baixa. Estas pessoas sempre puxam o seu tapete depois de conquistar a sua confiança através do puxa-saquismo corporativo.
Há muitas razões pelas quais as pessoas fazem puxa-saquismo corporativo, mas, a principal delas, é para ser bem visto pelo alto escalão e subir de cargo. Por isso, muito cuidado: o puxa-saquismo corporativo pode acontecer com qualquer um de nós, e ele se torna um vício. Quando você começa a ser puxa-saco não consegue mais parar. É puxa-saco até de quem não vai te trazer benefício nenhum, ou seja, é puxa-saco pelo simples prazer de ser! E este puxa-saquismo todo pode até te dar mil cargos melhores e te fazer ganhar rios de dinheiro, mas, eu pergunto: e a dignidade, onde fica?
Eu estou fora desse jogo que, inclusive, eu acho nojento. Se um dia eu precisar disso para ser alguém na vida, infelizmente eu não serei, pois nunca puxei o saco de ninguém e nem vou puxar, se eu gosto de alguém, gosto de verdade. Se eu não gosto, limito-me ao convívio básico, puramente profissional. Portanto, tanto no sentido pessoal quanto profissional, se eu não gostar de você, não espere que eu vá te ignorar, mas também não espere que eu vá te dar o meu melhor sorriso, pois eu não vou. Eu não vendo a minha dignidade por nada desse mundo!

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