Objetivo

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Você é tudo na minha vida

Os últimos dois dias foram bem complicados. De quarta para quinta-feira, não dormi nada, pois fui me deitar às 23h e meu filho chorou das 1h30 até às 4h, e às 5h30, preciso sempre estar de pé para ir trabalhar.
Geralmente, me irrito muito com as choradeiras noturnas do Rhian, mas nesta noite em especial, eu sabia que não era nenhum tipo de birra: algo estava acontecendo com ele, eu só não sabia dizer o que.
Ele chorava dormindo, virando o corpinho para um lado e para o outro, como se procurasse uma posição confortável. Além disso, estava com as costas e a cabeça muito quentes, parecia febre.
Ministrei 10 gotas de Tylenol, preparei uma mamadeira bem gostosa, e fiquei tentando fazê-lo dormir. Chorei muito, de tristeza, de nervosismo, de cansaço. Disse a Deus que queria de volta a minha vida, pois às vezes tenho a impressão de que ela não me pertence mais, talvez pórque agora eu viva só em função do meu filho, dos estudos e do trabalho, exatamente nesta ordem.
Mas só eu sei o quanto amo o meu filho, e que é impossível viver sem ele. Os pensamentos ruins fogem da cabeça ao me lembrar quanta felicidade ele traz para a minha vida, e logo eu recobro as minhas forças para continuar lutando.
Fui trabalhar parecendo um zumbi. Olheiras, cara de sono e até um leve mau humor me acompanharam pelo dia.
No período da tarde, minha mãe telefonou para dizer que havia levado-o para tomar vacina, e que ele estava apresentando temperatura de 38º - febre. O coração já deu um sobressalto.
Rhian estava ensaiando seus primeiros passinhos há muito tempo, mas no dia 17 finalmente aprendeu a andar com as próprias perninhas, sem depender tanto de apoios para se manter em pé. Depois que percebeu que agora está mais independente, não parou mais de andar pela casa! A coisa mais linda desse mundo, enchendo a família de orgulho! Acontece que ontem, nem andar ele queria. Estava bem desanimadinho, coisa que, de fato, meu pequeno não é.
Não quis esperar mais nem um segundo. Após a segunda ligação da minha mãe, para me dizer que a febre havia subido para 38,5º, passei a mão na minha bolsa, desliguei meu micro, bati meu cartão, e corri para a minha casa. Meu filho é a minha prioridade, largo tudo por ele.
Chegando lá, meu pequenininho estava ardendo em febre, já havia subido para 39,1º, estava triste, e quando peguei-o nos meus braços, senti que ele estava mole, pois encostou-se em mim e nãoo quis saber de mais nada.
As minhas lágrimas foram inevitáveis, porque o medo de que qualquer coisa de ruim aconteça ao meu filho é muito grande, e por ser mãe de primeira viagem, qualquer coisa que acontece com ele, para mim é uma novidade muito grande e assustadora.
Terça-feira, por exemplo, ele caiu do sofá e fez um "galo" bem grande na cabeça. Todas as crianças caem, o tempo todo, eu sempre digo isso a minha mãe, mas quando aconteceu com o meu, bem na minha frente, e eu não pude fazer nada para impedir, me bateu um sentimento de culpa muito grande, uma sensação de impotência enorme, um medo de não estar cuidando dele da maneira correta.
Não é fácil ser mãe, principalmente se a sua emoção domina todos os seus sentidos, como no meu caso. Eu não quis saber de nada, corri com ele para o hospital.
O diagnóstico? Eu não sei. O médico também não sabe. A febre cessou, quase como mágica. O brilho dos olhinhos voltaram. As passadas descoordenadas e rápidas pela casa voltaram. A alegria voltou a reinar nos corações de todas as pessoas que amam e querem o bem desse bebê. A ordem médica é que se a febre voltar, é para correr para o hospital de novo, coisa que, com certeza, eu o farei, nem precisava dizer.
Ser mãe é maravilhoso, porque todos os momentos são intensos, sejam eles de dor ou de felicidade. É um amor tão forte que sentimos, que somos capazes de qualquer coisa por esse amor. E não importa quem seu filho seja ou o que ele faça: ele sempre será o seu bebezinho.
A missão da maternidade é muito difícil, mas a simples alegria de um sorriso estampado no rosto de uma criança já é capaz de compensar todos os maus bocados.
Meu filho já tem 1 ano, mas continua transformando toda a dor da minha vida em esperança. O melhor amor que já vivi, porque este eu tenho certeza de que é para sempre.

"Só as mães são felizes"

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