Objetivo

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Sobre a Dieta das Notas

Peguei o link para baixar no blog da Jéssica, e o li em uma única noite, durante duas aulas chatíssimas da faculdade.
A dieta em si não tem muitas novidades, principalmente para quem já é craque em dietas, como muitos que têm blogs de emagrecimento, mas o que mais me surpreendeu no livro foi a visão do autor em relação ao assunto, que eu achei corretíssima: não é uma dieta, é um estilo de vida. É dessa maneira que se deve comer para o resto da vida, independente de estar acima do peso ou não.
Na verdade, o que deve mudar não é somente a maneira de me alimentar, mas a minha relação com a comida.
Sexta-feira mesmo, ao chegar à faculdade, comi um lanche natural e tomei 300 ml. de Nescau Fast; já estava satisfeita, pois comi demais hoje, mas, mesmo assim, convidei um amigo para ir até a cantina, pois bati o pé que queria comer um doce. Sinceramente, eu não precisava daquele pedaço de bolo, nem estava com vontade de comê-lo, mas, mesmo assim eu comi não sei por quê. Depois do "pecado", laém da consciência, fiquei com o corpo pesado, me sentindo mal mesmo, enjoada. E então eu fiquei pensando: o que eu ganhei com essa atitude, além de incômodo físico, quilos a mais e gordura corporal? Nada! A ansiedade não passou, minha situação financeira não melhorou, meus trabalhos da faculdade não foram feitos, o grande amor da minha vida não apareceu.
O amigo que me acompanhou até a cantina fez a cirurgia bariátrica há cerca de dois anos e meio, mas continua nos surpreendendo ao pedir dois salgados fritos mais um copo de suco, para depois revelar que antes de ir para a faculdade já havia comido um Big Mac e uma tigela de açaí.
E eu continuo me perguntando: ele realmente precisa de toda essa comida para sobreviver? Claro que não ! Essa quantidade exagerada de alimentos consumidos só sinaliza uma coisa: a comida tem um outro significado para ele além da manutenção da vida e uma pequena dose de prazer.
O compulsivo alimentar pode ser considerado da mesma maneira que um viciado em bebida ou drogas, pois é dependente da comida, simplesmente não consegue parara de comer, mesmo que já esteja com o estômago saturado.
As pessoas sempre julgam os gordos de maneira superficial, alegando que são comilões e preguiçosos, mas jamais param para pensar que não, ninguém tem realmente prazer em sofrer preconceito, ninguém gosta de estar com a saúde comprometida, de não conseguir encontrar roupas que lhe sirvam, de ter um corpo deformando pela gordura. Os gordos têm muito mais dificuldade de viver, simplesmente porque o mundo foi projetado para os magros.
Vejo muitos gordos que se declaram felizes como são, e eu até acredito que isso seja possível, mas, com certeza, já sofreram muito preconceito até chegar a esse nível de aceitação e amor-próprio, e preconceito nos deixa feridas, nos torna pessoas mais amargas e difíceis de lidar.
Apesar de estar na luta para conquista um corpo magro e saudável, continuo acreditando que uma pessoa vale pelo que ela é, jamais por quanto pesa ou aparenta, por isso, continuo defendendo a ideia de que se é necessário analisar o histórico de vida de um gordo antes de sair por aí rotulando-o, e saber a pessoa que ele é antes de desprezá-lo.
A Dieta das Notas me surpreendeu principalmente pela lição de vida implícita que traz nela: o que, de fato, importa, não são os números na balança, mas sim o encontro do seu equilíbrio.

"Você não nasceu gordo. Você é gordo porque o preço de comer irracionalmente é o peso excessivo".
(Livro Dieta Nota 10)

1 comentários:

Camila Santiago disse...

bom dia flor... obrigada por sempre me acompanhar... tem selinhos pra ti .... vem buscar.