Objetivo

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Tentando ser uma pessoa melhor

 Aos 27 anos e mãe de um menino lindo de 4 anos, cheguei a concussão de que nunca tive maturidade. Nunca me preocupei em sair da casa dos meus pais e ter a minha própria casa, nunca me responsabilizei por nada, nunca sequer fiz um imposto de renda sozinha. Sempre deixei tudo na mão dos outros.
Eu amo meu filho, porém nunca fui 100% responsável por ele. Posso contar nos dedos as vezes que lavei suas roupas, fiz comida para ele e o levei ao médico ou a escola sozinha. Não tenho controle sobre sua educação e decisões importantes de sua vida. Sou uma mãe presente,  durmo e acordo com ele todos os dias, mas não sou uma mãe completa. Nunca pensei em ter uma vida só nossa, talvez porque sempre tive dificuldade em aceitar que somos apenas nós dois. Ver meus sonhos de ter uma família unida e feliz espalhados pelo chão ainda é algo que me assombra e me magoa; nunca consegui superar. Acontece que escolhi ser mãe, mesmo contra a vontade do pai da criança, e preciso assumir essa responsabilidade que pertence somente a mim, e não aos meus pais, irmã, avó etc.
Aos 27 anos, pela primeira vez na vida tomei consciência de que não construí nada para mim, não busquei meu lugar ao sol, e senti uma imensa vontade de ter uma vida só minha, de superar a dor e a revolta de ver meus planos totalmente modificados e seguir o caminho, olhando para frente e deixando o passado no lugar a que ele pertence. Quero pagar contas de água e luz, fazer compras, saber quanto custa sustentar um filho e uma casa. Quero tirar dos meus pais a responsabilidade que já não deveria pertencer a eles desde que completei 18 anos, quase uma década atrás. Quero tomar as rédeas da minha própria vida, podendo errar sem ter plateia e sem ser julgada toda hora. Quero poder ser algo que não sou hoje porque não me permitem que eu seja, mas me cobram por isso. Na verdade, quero descobrir quem eu de fato sou longe dos estereótipos que me foram impostos e eu aceitei de bom grado, por não ter autoconfiança suficiente para dizer ao mundo quem sou e sustentar essa versão. Quero descobrir o que sou por detrás dessa criança que ainda espera por um "salvador", alguém que assuma a responsabilidade que cabe somente a mim: me fazer feliz. Quero ser responsável por meus ganhos e perdas, pelo meu sustento e pela educação do meu filho. Quero ser responsável por mim, por meus atos e todas as minhas decisões. Quero deixar de acreditar que sou uma inútil, uma incapaz e que nada dá certo na minha vida e adquirir uma postura mais otimista e confiante diante dos meus desafios, e isso inclui emagrecer também.
Não posso mais ficar criando desculpas e brecando o meu próprio desenvolvimento. Se tanta gente consegue, por que eu não vou conseguir? Estou pensando na Dieta das Notas, o que acham?
 
Beijos e mais beijos!


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Somente uma gorda



É, a balança tá de mal de mim... rs




Eu já fiz muita coisa nessa minha vida. Estudei por anos a fio em busca de uma boa e sólida formação. Sou mãe, blogueira, filha, profissional, amiga, companheira, uma pessoa que luta por um lugar ao sol todos os dias.
Como todo ser humano nesse mundo, tenho defeitos e qualidades. Posso ser muito doce e meiga, mas também posso ser amarga e fria. Tenho um gênio difícil, mas sou uma pessoa extremamente bondosa com aqueles que gosto e que merecem, e também com algumas pessoas que não merecem, por questões do meu próprio coração.
Não sou a melhor pessoa do mundo, nem a pior. Sou comum, dentro da categoria de pessoas que não fazem mal a ninguém, que desejam uma vida melhor e batalham por ela.
Não sou a mulher mais linda do mundo, nem a mais feia. Sou uma mulher comum, com defeitos e qualidades, com um pouco de dificuldade quando o assunto é seduzir, flertar etc, mas uma mulher de bom coração e que faz o possível e o impossível pela pessoa amada.
Não sou a pessoa mais inteligente do mundo, nem a mais burra. Sou alguém que busca sempre o conhecimento; se não o tenho, procuro aprender, pesquisar, encontrar quem saiba para me ensinar.
Não fico esperando por nada que quero: corro atrás, me esforço, batalho e se não der, parto para outra, sem olhar para trás, sem me lamentar. Nunca desisti da felicidade, apesar de muitas vezes achar que ela desistiu de mim.
Acontece que nos últimos meses, as pessoas não tem visto quem eu de fato sou, onde estou, ou o que estou fazendo. As pessoas não tem me olhado, me admirado ou criticado pelo que sou. As pessoas só conseguem enxergar o meu peso. Sou a mulher que, nossa!, - tem um rosto e um cabelo tão bonitos, mas se emagrecesse ficaria fantástica. Sou a pessoa que já ultrapassou o sobrepeso e que logo, logo estará cheia de doenças ligadas e obesidade e precisando de uma cirurgia de redução de estômago (não é brincadeira, já ouvi isso).
Aos olhos de muitas pessoas, não sou nada do que escrevi no início deste post, sou apenas uma gorda. Quem é ou já foi gordo compreende perfeitamente o que estou dizendo: muitas pessoas acham que gordos não têm sentimentos, não merecem ser felizes porque não têm força de vontade: oras, se não têm capacidade nem de emagrecer, teriam capacidade para quê nessa vida?
Sim, estou falando também de preconceito que, infelizmente, mesmo em um mundo tão mudado e moderno, ainda existe. Mas estou falando também das pessoas que nos cercam, daquelas que nos amam e querem o nosso bem. Sim, porque as pessoas acham que querer que o outro seja magro a qualquer custo, é querer o bem. Mas neste julgamento, não levam em consideração, por exemplo, o que leva essa pessoa a comer tanto, o que a faz não ter a força de vontade mágica de emagrecer, aquela que transforma tantas vidas nas capas de revistas.
Conheço uma cassetada de pessoas que emagreceram por sua própria força de vontade, a grande maioria aqui pelo blog, que traçaram um objetivo e o perseguiram até o final, e todas essas pessoas sabem que, não, não foi fácil e nem nunca vai ser, porque a pessoa que tem tendência a engordar está fadada a lutar com a balança para o resto da vida ou se conformar com a sua gordura. Não há fórmula mágica no emagrecimento, não há um botão “força de vontade” que você simplesmente liga e pronto: a dieta vai ser fácil, a rotina de exercícios físicos será maravilhosa e apaixonante e, plim, em dois meses estará linda, gostosa e saudável. Isso não existe. Emagrecer requer esforço, disciplina, doses diárias e eternas de muita força de vontade, com a noção de que as quedas acontecerão, mas com a maturidade de retomar exatamente de onde parou, quantas vezes forem necessárias.
Não estou fazendo apologia à gordura e nem nada do tipo, estou apenas pedindo às pessoas que parem de julgar as outras por seu peso e passem a vê-las como seres humanos, com medos e limitações como todos os outros. E, sim, gordos têm espelho em casa, se enxergam, sabem seu tamanho e, por mais que digam que não sobem na balança há anos, com certeza sabem que estão pesados demais e fora do que é saudável, então não precisam ficar sendo cobrados e pressionados a mudar, isso não ajuda em nada! Pense em uma pessoa que já está insatisfeita com seu corpo, sabe que o excesso de peso está prejudicando sua vida, sabe das doenças associadas à obesidade e, inclusive, já até está desenvolvendo algumas delas. Agora junte a essa pessoa um monte de outras pessoas dizendo tudo o que ela já sabe e cobrando-a emagrecimento, exercícios físicos, criticando suas roupas ou suas atitudes em relação à comida. Não ajuda em nada! É claro que é para o bem da pessoa, disso não tenho dúvida nenhuma, as pessoas só estão preocupadas e querendo ajudar, porém existem outras formas de se ajudar alguém que não as críticas.
Criticar por criticar, sem apresentar uma solução viável, é cansativo e irritante e não sei no caso das demais pessoas, mas quanto mais alguém me critica gratuitamente, mais tenho vontade de repetir aquele comportamento, só para incomodar mais um pouco.
Respeite as limitações das pessoas, compreenda suas dificuldades, medos e incertezas, não trate o problema do outro como pequeno só porque ele é pequeno aos seus olhos. E se não pode, sabe ou não está disposto a fazer nada disso, então não opine. Se a sua opinião não vai ajudar, então ela não é bem-vinda.
O que eu mais gosto nesse espaço é lidar com pessoas que sabem o quanto o excesso de peso é prejudicial, mas que já o enfrentaram ou ainda enfrentam e sabem de todas as dificuldades para emagrecer e também de toda a alegria em atingir suas metas/objetivos. Pessoas que não julgam, porque sabem o quanto é difícil, mas sim que encorajam com seus exemplos e sua garra, e não que ficam apenas dando sua opinião, mas mostrando que é possível e incentivando pessoas a conseguirem também, mesmo com todos os desafios que vêm pela frente.
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Boa tarde!
Depois do desabafo de uma pessoa que tem ouvido todos os dias críticas acerca de sua forma física (eu tenho espelho e balança em casa, além de um blog que trata do assunto emagrecimento, mas muita gente não reparou isso ainda) e ganhando vários lugares de gestantes em ônibus e metrôs (queria que fosse brincadeira, mas não é), venho aqui dizer que já não sei mais o que fazer. Não tenho conseguido levar uma dieta nem por um dia inteiro, o que dizer do tempo total para atingir o meu objetivo. Sinto muita vontade de comer e é a comida que muitas vezes me faz a companhia que não tenho de pessoas. Como todo bom vício, sei que faz mal, que não é recomendado e que meu corpo já está saturado, mas não estou conseguindo parar. Não posso dizer com 100% de certeza, pois ainda não passei no endocrinologista e não fiz exames, mas acho que estou com algumas doenças associadas a obesidade.
O que eu preciso neste momento é ler de vocês como fizeram/estão fazendo para lidar com a luta, com qual dieta se deram bem, como controlam a ansiedade, como se motivam, onde buscam tanta força de vontade e quais são as principais dificuldades que enfrentam/enfrentaram. Preciso da força e da palavra de pessoas que sabem do que eu estou falando, e não simplesmente acham ou supõem que sabem. Preciso de vocês. Topam me ajudar?
 
Beijocas e tenham um excelente final de dia!

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Repensando a vida




Estava lendo postagens antigas, e confesso que me senti muito envergonhada ao perceber a minha regressão nos últimos anos. Continuo sendo a pessoa do "quase" e isso me entristece muito. Quase emagreci, quase esqueci meu antigo amor, quase fiquei em um bom emprego, quase conquistei as coisas que queria. Quase. Porque quando estou praticamente conseguindo o que quero, "magicamente" me desvio do caminho e volto aos velhos e destrutivos hábitos. Por que me auto-saboto? Ainda não sei ao certo. São dezenas de possibilidades e explicações e a verdade é que eu não quero entender o por quê, eu quero parar com essa atitude.
Fui presenteada no começo do ano com dois livros: "Deixe os homens aos seus pés" e "Pare de reclamar e concentre-se nas coisas boas". Sou uma apaixonada por livros, principalmente os de auto-ajuda, mas se eu estivesse em frente a uma prateleira de uma livraria, eu jamais os compraria. O primeiro porque acharia que eram dicas para conquistar homens, e eu não tenho o mínimo interesse nisso; o segundo porque eu jamais imaginei que reclamava tanto na minha vida e o quanto a reclamação é prejudicial. Acontece que me enganei completamente: o primeiro livro não dá dicas para achar homens, mas nos ensina a ter autoestima, a nos amar, a sermos nós mesmas, a nos aceitar e nos encontrarmos como as mulheres irresistíveis que todas nós somos. Ele é fantástico, toda mulher deveria ler. Já o segundo, ainda estou na metade, mas desde a primeira linha já me identifiquei e me apaixonei (claro, depois do susto inicial por descobrir que eu reclamo demais, de absolutamente tudo!). A frase que mais me marcou de cada livro foi:

Deixe os homens aos seus pés: "Ao que você resiste, persiste" (ou seja, tudo aquilo que ficamos pensando que não queríamos que tivesse sido daquela forma, em outras palavras, a tudo o que resistimos, permanece na nossa vida, justamente por não aceitarmos a forma como aquilo é)

Pare de reclamar e concentre-se nas coisas boas: "Nossos pensamentos criam nosso mundo, e nossas palavras revelam nossos pensamentos" (bom, acho que dispensa explicações).

Nos últimos dias me senti muito triste ao perceber o quanto eu mesma atraso a minha vida com toda a minha negatividade e com todos os pensamentos ruins que nutro a meu respeito, sem falar nas inúmeras reclamações sobre tudo e sobre todos. Foi muito doloroso para mim enxergar e admitir esses comportamentos destrutivos, mas, ao mesmo tempo, foi libertador. A ignorância acerca das coisas nos "dispensa" de mudá-las, porém nos causa muito sofrimento; a descoberta desses comportamentos é difícil e dolorosa em um primeiro momento, mas é o primeiro passo rumo a uma nova vida, mais leve e mais feliz. E é exatamente essas duas coisas que estou buscando: LEVEZA e FELICIDADE.

Sim, eu quero muito emagrecer, mas não preciso esperar isso acontecer para começar a me amar; posso fazer isso agora mesmo, com o peso que estou, posso me cuidar, me tratar muito bem e me valorizar como a boa pessoa que sou.
Completei 27 anos em outubro do ano passado com um sentimento muito ruim de que a minha vida jamais muda, de que ela é sempre uma longa e monótona repetição dos mesmos fatos e sentimentos. Enquanto me lamentava do rumo que as coisas tomaram e buscava culpados para isso, tive o grande susto de descobrir que a única culpada disso sou eu... não me sinto feliz com isso e nem tenho um pingo de orgulho, mas assumir a responsabilidade de nossas vidas nos tira do papel de vítima e nos lança ao maravilhoso papel de protagonista, de onde você é capaz de operar milhares de mudanças. Eu nunca percebi quanto poder eu tenho sobre a minha vida e que somente eu serei capaz de mudá-la. Há vários anos espero por um grande acontecimento que faria um milagre e transformaria toda a tristeza, dor e solidão em uma felicidade genuína e pura.  Hoje eu sei que nada disso vai acontecer, porque somente eu posso me salvar e salvar a minha vida. Ficar aqui sentada reclamando não vai trazer mudanças, apenas mais problemas. E eu não quero mais problemas, nem dor, nem sofrimento, nem tristeza, nem qualquer coisa ruim que possa me trazer qualquer tipo de sentimento ruim.

Estou caminhando devagar e sempre, cada dia descobrindo uma coisa nova, cada dia me redescobrindo, ao perceber que nunca me enxerguei como realmente sou e que nunca percebi quanto poder tenho nas minhas mãos para mudar o rumo da minha vida. E eu tenho desejado tanto, mas tanto essa mudança que sei que o universo conspirará ao meu favor e me trará as ferramentas para realizá-la.

Estou de volta, com energia renovada e com uma vontade enorme de fazer tudo diferente!!!!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Decretado o fim das gordices

Tenho inúmeras postagens iniciadas e não terminadas em meus rascunhos aqui do blog, e os motivos por não tê-las terminado são os mais diversos: falta de tempo, falta de ânimo, falta de palavras, falta de vergonha na cara, falta de consideração comigo mesma e com o tanto que gosto de escrever, enfim... muitas coisas aconteceram desde minha última postagem, a melhor delas é que Rhian retirou os fios de kirshner em outubro, a cirurgia foi um sucesso e ele ficou com o braço perfeito novamente, graças a Deus sem nenhuma sequela. Confesso que isso deixou meu coração de mãe muito mais aliviado. Ver meu filho com a saúde completamente restabelecida foi uma das melhores sensações da minha vida.
Com Rhian recuperado e de volta à escola, decidi que era hora de cuidar de mim. Comecei minhas caminhadas que há tanto tempo prometia fazer e comprei shakes da Herbalife para tomar. Estava levando tudo muito a sério, e cheguei a emagrecer 6 kg. em um mês, estava empolgadíssima, e de repente, como sempre, larguei tudo e voltei ao sedentarismo e às comilanças. Não sei por que faço isso, mas sempre saboto o meu próprio processo de emagrecimento.
Sinceramente, não sei como e nem quanto tempo isso vai demorar, mas decidi que não quero mais ser gorda. Há várias razões para essa decisão, mas a principal delas é que quero deixar de ser vista somente como uma gorda e ter minhas qualidades exaltadas. Sendo gorda, isso é impossível. Cheguei á conclusão de que você pode ser a melhor pessoa do mundo, mas se for gorda, não passará de uma gorda. As pessoas sempre julgam as outras pela aparência, jamais pelo que são de fato. Gostaria de ser dessas pessoas que realmente não dão a mínima ao que os outros pensam e falam delas, mas infelizmente não sou. Eu me importo, e muito, com o que as pessoas falam de mim, e sinceramente não aguento mais tantas críticas acerca do meu peso. Quero ser mais do que uma gorda, quero mais do que conselhos sobre emagrecimento: quero conseguir comprar roupas sem ter tanta dor de cabeça, quero subir escadas sem morrer de cansaço no final, quero ser olhada, admirada, quero voltar a me sentir mulher, quero amar a imagem que vejo no espelho, quero me sentir um pouco mais feliz, de alguma maneira.
E então, mais uma vez, recomeço o caminho de volta. Sei que já é a milésima vez, sei que ninguém mais me dá crédito e bota fé em mim, mas mesmo assim eu vou tentar. Assim que eu tiver um pouco mais de ânimo, voltarei aos meus textos mais bem elaborados e a visitar os blogs de vocês. Obrigada pela compreensão e o carinho de sempre.

Beijos.






quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Boa noite!!!!!
Desculpem a demora em aparecer, mas é que as coisas estavam complicadas e acontecendo todas ao mesmo tempo. Mas a espera valeu a pena, porque hoje as coisas que tenho para contar são (quase) todas boas.
Rhian operou dia 14/09 (sexta-feira passada) e a cirurgia foi um sucesso, apesar de um pouco demorada e do médico ter me dito que o procedimento não foi tão fácil assim, porque o osso já estava praticamente colado. Demos entrada no hospital às 6h30 e às 17h ele já estava de alta. Os primeiros três dias foram um pouco sofridos, pois ele estava sentindo muita dor, mas agora está tudo bem e ele já está aprontando todas novamente (existe sinal maior de que uma criança está bem? rs). Ele está mexendo todos os dedinhos, o que significa que não teve os movimentos da mão e braço comprometidos. Quinta-feira (20/09) ele teve a primeira consulta de rotina após a cirurgia e o médico me garantiu que ele está ótimo. Houve troca de tala e raio-x e a mamãe molenga aqui não aguentou o tranco de ver o bracinho do filhote sem gesso (agonia daqueles pedaços de fio de aço pra fora do braço...) e quem deu continuidade ao acompanhamento na sala foi a vovó. O acompanhamento com o médico tem que ser semanal até retirar os fios de Kirschnner, o que deve acontecer entre quatro e cinco semanas. Logo logo meu filho estará totalmente recuperado e terá sua vida normalizada, porque eu acredito que para ele também não seja nada fácil tudo isso. Crianças são bem menos dramáticas que nós, adultos, ele não reclama (só de vez em quando lamenta o que aconteceu e diz que não queria estar nessa situação), aprendeu a fazer tudo com uma mão só (ele quebrou o braço esquerdo e, por sorte, é destro) e leva uma vida minimamente normal. Mas nada como estar com os dois bracinhos perfeitamente bons para as brincadeiras.
Hoje fomos novamente à consulta de rotina e o médico disse que ele está evoluindo maravilhosamente bem. Ao tirar a tala para o raio-x percebi que ele mexe o bracinho direitinho, sem nenhum problema. Segundo o médico, a cirurgia para retirada dos fios será no dia 18 de outubro.
Em meio a tudo isso, aconteceu um grande milagre em minha vida, que me deixou extremamente emocionada e ainda mais crente da existência de Deus e de sua atuação em minha vida: estava pegando mais um item da minha coleção de louças da Hello Kitty na banca de jornal, quando comentei com o dono da banca (nos conhecemos a uns bons anos, mas nada que eu possa dizer que seja uma grande amizade - não frequentamos a casa um do outro, não conhecemos as famílias um do outro, enfim...) sobre a situação do Rhian, que precisaria da operação, etc etc etc, então ele me disse que conhecia uma pessoa que trabalha no hospital onde marcamos a operação e que conversaria com esse homem para ver se ele poderia fazer alguma coisa por nós. Confesso que não coloquei muita fé que isso pudesse dar em algo, primeiro porque estou descrente demais com o ser humano, e depois porque que motivo teria essa pessoa para ajudar alguém que ela nem conhece - pensei.
Acontece que eu estava errada. Esta pessoa, que eu não sei o rosto, que eu não conheço e que não me conhece, por intermédio desse meu conhecido da banca de jornal, conseguiu um desconto maravilhoso para a realização da cirurgia do meu filho. Sim, essas duas pessoas fizeram o bem pelo simples desejo de fazer o bem, sem receber nada em troca. Fiquei tão emocionada quando vi a conta do hospital e só pude sentir a presença de Deus na minha vida, colocando as pessoas certas no meu caminho na hora ideal e me fazendo falar sobre uma situação que normalmente eu não falaria a alguém que não tenho tanta intimidade. Ao agradecer não tinha palavras, apenas lágrimas e uma gratidão tão grande que não cabe no meu peito. Ainda não tive a oportunidade de conhecer pessoalmente o homem que conseguiu o desconto no hospital, por enquanto só vi o milagre, não conheço o santo, mas mesmo sem saber quem é, sou eternamente grata e desejo sempre que ele receba em dobro tudo o que fez por mim e pela minha família. E, claro, um dia desses terei que conhecê-lo para agradecer pessoalmente e lhe dar um abraço apertado, que é tudo o que tenho a oferecer neste momento.
Eu não tenho dúvida nenhuma de que isso é obra de Deus e de que Ele está comigo mesmo quando eu não estou com Ele, mesmo quando eu estou triste e descrente, pra me mostrar que situações ruins não são permanentes, que quando tudo parece perdido sempre aparece uma solução. 


Gatão da mamãe


Agora vem a parte que não está tão boa assim, e, infelizmente, a culpa é só minha mesmo. Eu  não paro de engordar. Estava seguindo a RA relativamente bem (só não estava fazendo exercício), até o dia da cirurgia do filhote. Desse dia em diante, comecei a comer como uma louca novamente e a balança, lógico, não está dando nenhuma trégua: 



Engordei 900 gramas em uma semana e não parou por aí. Não me pesei hoje, data em que estou postando, e creio que a balança já está em mais que isso. Emagrecer parece uma coisa fácil para quem olha de fora (para essas pessoas, é simplesmente parar de comer), mas é a mesma coisa que dizer para um alcoólatra parar de beber, um usuário de drogas parar de se drogar, um fumante largar o cigarro... enfim, essa porcaria é um vício difícil de largar. Sei que ficar aqui falando que é difícil não vai resolver o meu problema, que o negócio é ter força de vontade e mandar ver. Apenas não sei o que está faltando em mim: se é a força de vontade, se é empenho, se é me enxergar do tamanho que realmente estou...


Morro de vergonha desta foto, que foi tirada no domingo passado (23/09), mas eu preciso começar a encarar a realidade como ela é... preciso me inspirar nas milhares de histórias de sucesso que eu já conheço e buscar meu objetivo, de verdade e definitivamente.

Beijocas e obrigada a todos que torceram/rezaram pelo meu filho.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Eu me abandonei por completo

O título do post já diz tudo, talvez eu nem precisasse escrever mais nada, mas vou me explicar... estou desempregada desde o começo do mês de junho, como comentei no post anterior, para completar a merda, meu filho caiu na escola e quebrou o braço esquerdo. Ontem recebi a triste notícia que ele terá que se submeter a um procedimento cirúrgico para correção do problema, pois o osso está colando torto e isso gera problemas futuros. Estamos sem convênio (quer dizer, eu fiz um convênio para ele, mas ainda não sabemos se cobrirá custos desse tipo) e o orçamento enviado pelo hospital para realização do procedimento quase me fez desmaiar: R$ 6.300,00. É claro, a saúde do meu filho é a coisa que mais importa e eu não medirei esforços para conseguir o dinheiro, mas confesso que é uma quantia bem "salgada" para alguém que está desempregada. A questão também é que tudo é demorado, o médico pediu urgência, mas a área administrativa do hospital não compreende o significado dessa palavra. Burocracia não combina com saúde, infelizmente. Fui ao hospital ontem e só conseguimos os valores da cirurgia hoje, após o almoço. Estou ansiosa, nervosa, irritada e sem saber o que fazer. Quero resolver logo esse assunto, me desespero só de pensar nos ossinhos do meu pequeno colando errado, mas eu tenho que esperar e, infelizmente, eu confesso, esperar não é o meu forte. Sou uma pessoa muito imediatista e ansiosa, quero as coisas na hora.
Não satisfeita com todos os problemas que já tenho, me abandonei por completo no que diz respeito à minha aparência e saúde. Tá aí a balança que não me deixa mentir:



Quase 90 Kg., considerando ainda que eu dei uma emagrecida desde que o Rhian quebrou o braço, porque eu estava com 91 kg. e uns quebrados... rs
Não, eu não estou nem um pouco satisfeita com o que estou vendo, principalmente lembrando que em um passado não muito distante eu peguei firma na RA e na AF e emagreci quase dez quilos em quarenta dias. Sei que tenho capacidade para emagrecer, a questão é que não estou nem um pouco empenhada nisso, porque a comida tem sido a minha única companheira. Sei que o que estou dizendo pode parecer ridículo, mas para mim é a realidade. Quando estou comendo me sinto aliviada por alguns instantes, como se os problemas não significassem nada naquele momento. É claro que é uma sensação passageira, mas é o que me resta. Tenho evitado falar sobre meus assuntos com as pessoas do meu convívio, porque, infelizmente, muitas delas não compreendem e só sabem criticar. Sei que muitas vezes as pessoas só estão tentando ajudar, mas críticas o tempo todo sobre tudo não ajudam em nada, só vão destruindo cada vez um pouco mais a autoestima que já não é uma maravilha.



Não vou fazer promessas aqui, porque como vocês já notaram a algum tempo, eu não ando cumprindo nada do que prometo, mas iniciei uma nova tentativa de emagrecimento, comecei ontem e por enquanto está indo tudo bem. Espero permanecer na linha, pois quero muito emagrecer e voltar a me cuidar, olhar um pouco para mim e valorizar a pessoa que sou. Porque o que tenho sentido é que ninguém há de me valorizar se eu mesma não fizer isso primeiro. Continuo tratando como prioridade quem me trata como opção, continuo me humilhando por uma pessoa que não merece uma lágrima minha, que nunca me respeitou e nem me amou, que apenas brinca com os meus sentimentos e debocha de mim bem na minha cara, e enquanto eu continuar assim minha vida não vai pra frente mesmo, e nem adianta reclamar minha sorte ou pedir nada pra Deus se eu não me ajudar. Não é fácil e eu nem vou tentar explicar, porque sentimento é uma coisa que só quem sente compreende, inclusive todas as pessoas do meu convívio não se conformam com o fato de eu ainda amar uma pessoa que  não acrescenta mais nada de bom à minha vida, só me faz sofrer e me sentir pior do que já sinto, mas eu preciso esquecer e seguir meu caminho, afinal quanto tempo mais eu vou esperar para ser feliz?


Cardápio de segunda - 10/09

Café da Manhã



Almoço

Jantar




Lanche da Noite

Água: 2 litros.
Estou devendo a atividade física, pois com o Rhian de braço engessado o dia inteiro em casa, não dá mesmo... rs


Eu tinha um sonho cor de rosa. E neste sonho havia uma mamãe, um papai, um filho e uma casa linda. Uma família perfeita, de comercial de margarina. Até passar por um monte de coisas ruins e descobrir que família perfeita só existe mesmo em comercial de margarina. Não é que não exista amor, mas talvez não amor do jeito que eu acreditei que existia. Nada do que eu sonhei tornou-se real, mas eu preciso aprender a ser feliz com o que a vida me deu: um filho lindo, que precisa do meu amor, do meu carinho e da minha compreensão. Meu sonho hoje é ter a minha própria vida, com um bom emprego e uma casa para mim e meu filho. Infelizmente no momento meu sonho terá que esperar, pois não tenho dinheiro suficiente para realizá-lo, mas eu não vou desistir de encontrar meu caminho. Estou rezando muito e pedindo a Deus para me dar forças e sabedoria para vencer as dificuldades e encontrar um rumo para o meu coração e minha vida. E é Nele que espero que tudo dê certo. Não é que Deus não está me ouvindo, Ele só está caprichando no meu pedido! rs


Beijos a todas a me esperem que vou visitá-las. Gostaria de pedir só mais uma coisinha: rezem pelo meu filhote, mandem energias positivas para que tudo dê certo e a cirurgia corra bem. A força das pessoas que amamos e respeitamos aumentam a probabilidade das coisas darem certo.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Pronto, falei!



Não, eu não sou gostosa. Não peso 50 quilos, não tenho longos cabelos lisos, não tenho barriga sarada e nem coxas definidas. Não sou o sonho de consumo dos homens, não sou de parar o trânsito, não chamo a atenção quando ando pela rua. Sou gorda, muito gorda para os padrões da sociedade. As pessoas se assustam quando me vêem, principalmente as que tiveram a oportunidade de me conhecer assim:




Sim, eu já fui magra. Sim, eu já pesei 60 kg. Sim, eu já fui desejada e adorada pela minha "beleza" (hoje em dia magreza é sinônimo de beleza, infelizmente). Sim, já fui sonho de consumo de alguns homens. Sim, já fui considerada "gostosa". Sim, já tive a oportunidade de chamar a atenção em alguns lugares que fui. Mas nada dessa "magreza" foi presente da natureza, não. Sofri muito para conseguir esse corpo. Fiz inúmeras dietas, me privei de diversas comidas que gostava, suei a camisa fazendo milhares de exercícios que simplesmente detesto e sempre detestei, chorei sozinha várias noites depois de encontros trágicos com a balança (nos quais havia engordado), fui obrigada a ir a diversas reuniões de encorajamento para não abandonar todo o plano alimentar e sucumbir à tentação de me acabar em doces e porcarias gordurosas e engordativas, já sofri tendo que sair com amigos e vê-los se acabando em comida enquanto eu pedia uma salada para não estragar a dieta, aguentei muita humilhação e muita gente torcendo para tudo dar errado e eu voltar a ser gorda novamente.
O que mudou de lá pra cá? Eu voltei a ser gorda. Acontece que nesta época não me considerava magra, não conseguia enxergar o tal corpo saudável que todo mundo falava. Cada quilo que emagrecia eu me via mais gorda, não conseguia encontrar a tal alegria e a tal paz que acreditava que teria quando a balança atingisse os tão sonhados 60 kg. recomendados pelo médico, pelas orientadoras do meu programa de emagrecimento e pelas calculadoras de peso ideal. Eu vivia perturbada com a ideia de engordar, vivia contando calorias desesperadamente, vivia sonhando com o dia em que a felicidade chegaria magicamente após os quilos perdidos. Mas este dia jamais chegou. E sabe por que? Muito simples: corpo magro e felicidade não são sinônimos!
Hoje eu sou julgada pelos meus quilos, que são 30 a mais do que as fotos mostradas, mas a verdade é que sou exatamente a mesma pessoa, a única coisa que mudou foi o tamanho das minhas roupas! Sim, eu continuo sendo mulher, eu continuo tendo sentimentos, sonhos, desejos, frustrações, tristezas, projetos, dias bons e dias ruins também. As pessoas têm uma mania chata de levar em consideração somente a aparência e achar que somente as pessoas magras e bonitas têm o direito de ser feliz, e olhando gordos e outras pessoas fora dos padrões estabelecidos pela sociedade como pessoas inferiores, preguiçosas e não merecedoras das boas coisas da vida.
Sou a favor sim de que as pessoas busquem qualidade de vida, um corpo mais saudável e um equilíbrio para suas vidas, mas sou contra a ideia de que a magreza é a única forma aceitável de ser. Porque, por mais que muitas pessoas não acreditem, sim, gordos são seres humanos normais, que buscam as mesmas coisas que os magros. E eu acredito que o que as pessoas têm na cabeça é muito mais importante do que os dígitos que aparecem quando sobem na balança.
Eu passei a minha vida inteira me preocupando com a opinião dos outros a meu respeito. Nunca olhei para mim com os meus próprios olhos, mas com os olhos dos outros. E os olhos dos outros são sempre mais exigentes e mais cruéis, porque analisam a situação de um ponto de vista imparcial, sem levar em consideração os demais fatores envolvidos na história. De hoje em diante eu decidi que vou me preocupar apenas com a minha opinião, parar de me sentir inferior aos outros por qualquer motivo que seja e buscar a minha felicidade, que não tem nada a ver com o meu peso, mas com a minha forma de me enxergar e de enxergar a minha vida.

Não estou desistindo da RA, muito pelo contrário, estou buscando forças para retomá-la, afinal a gordura está me fazendo mal, está me deixando muito cansada e estou tendo dificuldades de comprar roupas, mas o que eu quero é desvincular a minha felicidade do peso que aparece na balança.

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Meninas, boa noite!

Quanta saudade!!!! E quantas coisas acontecendo... fui demitida do trabalho dia 05.06 e desde então minha vida está virada de cabeça para baixo... tive que deixar meus planos de montar uma casa para morar com meu filho temporariamente de lado, afinal a situação está feia pro meu lado, e desde então estou procurando emprego e tentando colocar a vida nos eixos.
Desculpem o sumiço (não aguento mais escrever isso, porque nunca cumpro as promessas de volta rsrsrsrsrs), mas não esqueço de vocês. Peço desculpas às pessoas que comentaram na minha última postagem e eu não dei retorno, não é falta de consideração e nem descaso, é realmente falta de tempo e muitos problemas. Mas me esperem que eu estou chegando!!!!! rs