Eu ainda conto segredos para as estrelas
Esperando você voltar para me dizer
Que longe de mim não houve dia, nem noite, nem vida
Que a saudade não te deixava me esquecer.
Eu ainda troco passos com a solidão
Sonhando com uma palavra, um sorriso, um gesto seu
Qualquer atitude que possa reparar nossa situação
E anular a dor de quando você me disse adeus...
Eu ainda caminho pela vida sem rumo certo
Esperando te encontrar em alguma esquina triste,
Chorando inquieto e baixinho
Para que eu possa enxugar suas lágrimas e te dizer
Que sem você não há o mínimo sentido em viver
Juntar minhas lágrimas às suas
E te mostrar o quanto eu também chorei...
Eu ainda olho nossas fotos e choro
Lembrando dos dias mais felizes da minha vida
Com você ao meu lado o sol brilhava todas as manhãs
Mas eu percebi tarde demais que era por causa de você...
Eu ainda leio suas cartas, e-mails, cartões
Me perguntando se algum dia aquelas palavras foram reais
Juntamos planos, construímos sonhos, lutamos por ideais
E hoje parecemos tão estranhos diante um do outro...
Será que se eu te encontrar na rua vou te reconhecer?
Eu tento, eu luto, mas não consigo te esquecer
Sua lembrança é muito nítida na minha memória
Seu nome está gravado na minha história
Meu corpo ainda sente o toque de suas mãos
Minhas lágrimas ainda denunciam a dor de uma ilusão
As páginas do livro da minha vida não podem ser arrancadas
Eu ainda espero que seus olhos me encontrem
Na escuridão de um adeus vazio...
(Nathalia Peixoto de Lima)
Com licença, vó.
Há 4 meses
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