Tenho pensado muito sobre a vida nos últimos dias, e algo que quase pode ser chamado de mágica me aconteceu em um momento muito oportuno. Passei um fim de semana muito ruim, triste, deprimida, sentindo-me completamente vazia por dentro e esquecida. Comecei a me questionar sobre o amor e senti uma raiva muito grande por amar tanto e não ser correspondida da maneira que eu acredito que mereça. Chorei muito de raiva, de frustração, de medo, assustada com a vaga idéia de ficar sozinha e ter que assumir todas as responsabilidades sem ajuda nenhuma, além do desespero só de imaginar perder a pessoa que eu tanto amo.
Minha mãe ficou muito triste por me ver daquele jeito, pediu para que eu não agisse dessa maneira, porque não é um comportamento que faz bem a nada e nem a ninguém, que eu preciso me sentir feliz para irradiar essa felicidade a quem também precisa dela neste momento. Pediu, ainda, que ao invés de chorar, eu orasse a Deus e entregasse tudo em Suas mãos. Tomada pela raiva e pelo desespero, eu disse a ela que para mim era inútil orar, porque Deus não me ouvia. Arrependi-me depois de ter dito isso, ao me lembrar que a fé é o principal combustível do ser humano, que sem ela somos incapazes de suportar as dores e injustiças da vida, e que quando não há mais nada de concreto em que acreditar, é nela que nos apegamos para conseguir continuar trilhando o caminho. Então à noite, antes de dormir, eu conversei com Deus. Foi uma conversa franca, sincera, do fundo do meu coração. Mas não pedi amor e nem para que Ele me trouxesse isto ou aquilo. Agradeci pelas boas coisas que eu já tenho, e que não são poucas, o grande problema é que nunca achamos que temos o suficiente, estamos sempre querendo mais, sempre esperando mais, e pedi apenas força e serenidade para suportar qualquer adversidade que possa surgir em meu caminho, afinal, da maneira como as coisas andam, eu posso e devo esperar notícias boas e ruins, e precisarei de muito equilíbrio para conviver com elas sem me deixar abater ou desanimar. Fui dormir ainda muito triste, mas, inexplicavelmente, acordei no outro dia, uma segunda-feira com uma serenidade e um ânimo que dificilmente eu sinto em qualquer dia, principalmente no primeiro da semana. Senti-me calma, viva, tranqüila, como se algo bom me esperasse no caminho.
No decorrer do dia, navegando pela internet, inexplicavelmente encontrei um blog que uma mãe está fazendo a seu filho pequeno, para que ele saiba um pouco sobre seu pai, que faleceu quando ela estava grávida de sete meses. E não é um blog qualquer, escrito de qualquer jeito, dá para ver sentimento naquelas palavras, o sentimento de uma mulher que amava seu marido, sofreu a sua perda e, por amar ao filho, quer que ele saiba quem foi seu pai. E o que mais me surpreendeu foi a força desta mulher, que perdeu para sempre o grande amor de sua vida, mas ainda assim fala em felicidade, em não desistir, em guardar apenas os momentos bons, em sentir este amor eternizado e refletido em seu filho, e continua levando sua vida adiante, porque é forte, porque tem amor-próprio, porque sabe que é a pessoa mais importante para o seu filho, porque sabe que a vida é um presente de Deus que jamais deve ser ignorado, enfim, porque sabe que a força é necessária.
E então, uma mistura de sentimentos invadiu e confundiu o meu ser. Primeiro, eu senti pena dela e do bebê, dela por ter perdido o homem que ama para sempre, por nunca mais poder vê-lo, e do bebê, por não ter a oportunidade de conhecer seu pai e viver com ele momentos mágicos de alegria e sonhos. E não pude deixar de pensar em mim, de ver que, embora o amor da minha vida não seja da maneira que eu gostaria que ele fosse, ele está vivo, eu posso vê-lo, senti-lo, tocá-lo, e mesmo que algum dia não estejamos mais juntos, pelo menos eu sei que ele está lá, está bem, e isso para uma pessoa que ama de verdade já é o bastante para deixá-la feliz. Em seguida, senti inveja desse amor intenso que ela viveu ao lado deste homem, e vi que talvez eu nunca tenha vivido algo parecido, pois, por mais que eu ame, só eu amo desta maneira intensa, não é recíproco. Mas, ao mesmo tempo, eu percebi que um amor para ser verdadeiro e real não precisa ser necessariamente recíproco. Eu amo, e isso já basta, isso já é o suficiente para fazer com que este amor ecoe pela eternidade e tenha a sua importância. E é desse amor, recíproco ou não, que surgem tantas coisas maravilhosas na minha vida... depois, senti alegria em saber que o meu amor está vivo, mesmo sendo indiferente, mesmo sendo frio, mesmo não se importando muito comigo ele está lá e eu posso vê-lo a qualquer momento que eu desejar, e muita coisa pode mudar daqui para frente, com as novidades que vem por aí... por fim, eu me senti importante, percebi que a felicidade de cada um de nós independe do outro, que a pessoa que amamos entra em nossa vida para acrescentar, nunca para subtrair ou iniciar a conta, que a felicidade já tem que existir dentro de mim antes de qualquer pessoa ou coisa surgir na minha vida. Eu me senti importante, mas não para o mundo, que é o desejo de todos, eu me senti importante para mim, para a minha vida, para Deus, e, com certeza, importante na vida de outras pessoas que convivem comigo.
Importante porque eu quero, preciso e devo ser importante. Importante porque todas as pessoas são importantes, independente de seu tipo físico, cor, classe social ou qualquer característica que tenha. Importante porque a importância não está no que fazemos ou no que aparentamos, a importância está na nossa essência, no que somos. Importante ao ponto de saber que eu preciso me valorizar, me amar e me respeitar, caso contrário ninguém o fará por mim. Importante porque agora eu vou saber realmente o que é amar incondicionalmente alguém que me amará também. Importante porque agora existe uma vida que depende da minha vida para existir...
Minha mãe ficou muito triste por me ver daquele jeito, pediu para que eu não agisse dessa maneira, porque não é um comportamento que faz bem a nada e nem a ninguém, que eu preciso me sentir feliz para irradiar essa felicidade a quem também precisa dela neste momento. Pediu, ainda, que ao invés de chorar, eu orasse a Deus e entregasse tudo em Suas mãos. Tomada pela raiva e pelo desespero, eu disse a ela que para mim era inútil orar, porque Deus não me ouvia. Arrependi-me depois de ter dito isso, ao me lembrar que a fé é o principal combustível do ser humano, que sem ela somos incapazes de suportar as dores e injustiças da vida, e que quando não há mais nada de concreto em que acreditar, é nela que nos apegamos para conseguir continuar trilhando o caminho. Então à noite, antes de dormir, eu conversei com Deus. Foi uma conversa franca, sincera, do fundo do meu coração. Mas não pedi amor e nem para que Ele me trouxesse isto ou aquilo. Agradeci pelas boas coisas que eu já tenho, e que não são poucas, o grande problema é que nunca achamos que temos o suficiente, estamos sempre querendo mais, sempre esperando mais, e pedi apenas força e serenidade para suportar qualquer adversidade que possa surgir em meu caminho, afinal, da maneira como as coisas andam, eu posso e devo esperar notícias boas e ruins, e precisarei de muito equilíbrio para conviver com elas sem me deixar abater ou desanimar. Fui dormir ainda muito triste, mas, inexplicavelmente, acordei no outro dia, uma segunda-feira com uma serenidade e um ânimo que dificilmente eu sinto em qualquer dia, principalmente no primeiro da semana. Senti-me calma, viva, tranqüila, como se algo bom me esperasse no caminho.
No decorrer do dia, navegando pela internet, inexplicavelmente encontrei um blog que uma mãe está fazendo a seu filho pequeno, para que ele saiba um pouco sobre seu pai, que faleceu quando ela estava grávida de sete meses. E não é um blog qualquer, escrito de qualquer jeito, dá para ver sentimento naquelas palavras, o sentimento de uma mulher que amava seu marido, sofreu a sua perda e, por amar ao filho, quer que ele saiba quem foi seu pai. E o que mais me surpreendeu foi a força desta mulher, que perdeu para sempre o grande amor de sua vida, mas ainda assim fala em felicidade, em não desistir, em guardar apenas os momentos bons, em sentir este amor eternizado e refletido em seu filho, e continua levando sua vida adiante, porque é forte, porque tem amor-próprio, porque sabe que é a pessoa mais importante para o seu filho, porque sabe que a vida é um presente de Deus que jamais deve ser ignorado, enfim, porque sabe que a força é necessária.
E então, uma mistura de sentimentos invadiu e confundiu o meu ser. Primeiro, eu senti pena dela e do bebê, dela por ter perdido o homem que ama para sempre, por nunca mais poder vê-lo, e do bebê, por não ter a oportunidade de conhecer seu pai e viver com ele momentos mágicos de alegria e sonhos. E não pude deixar de pensar em mim, de ver que, embora o amor da minha vida não seja da maneira que eu gostaria que ele fosse, ele está vivo, eu posso vê-lo, senti-lo, tocá-lo, e mesmo que algum dia não estejamos mais juntos, pelo menos eu sei que ele está lá, está bem, e isso para uma pessoa que ama de verdade já é o bastante para deixá-la feliz. Em seguida, senti inveja desse amor intenso que ela viveu ao lado deste homem, e vi que talvez eu nunca tenha vivido algo parecido, pois, por mais que eu ame, só eu amo desta maneira intensa, não é recíproco. Mas, ao mesmo tempo, eu percebi que um amor para ser verdadeiro e real não precisa ser necessariamente recíproco. Eu amo, e isso já basta, isso já é o suficiente para fazer com que este amor ecoe pela eternidade e tenha a sua importância. E é desse amor, recíproco ou não, que surgem tantas coisas maravilhosas na minha vida... depois, senti alegria em saber que o meu amor está vivo, mesmo sendo indiferente, mesmo sendo frio, mesmo não se importando muito comigo ele está lá e eu posso vê-lo a qualquer momento que eu desejar, e muita coisa pode mudar daqui para frente, com as novidades que vem por aí... por fim, eu me senti importante, percebi que a felicidade de cada um de nós independe do outro, que a pessoa que amamos entra em nossa vida para acrescentar, nunca para subtrair ou iniciar a conta, que a felicidade já tem que existir dentro de mim antes de qualquer pessoa ou coisa surgir na minha vida. Eu me senti importante, mas não para o mundo, que é o desejo de todos, eu me senti importante para mim, para a minha vida, para Deus, e, com certeza, importante na vida de outras pessoas que convivem comigo.
Importante porque eu quero, preciso e devo ser importante. Importante porque todas as pessoas são importantes, independente de seu tipo físico, cor, classe social ou qualquer característica que tenha. Importante porque a importância não está no que fazemos ou no que aparentamos, a importância está na nossa essência, no que somos. Importante ao ponto de saber que eu preciso me valorizar, me amar e me respeitar, caso contrário ninguém o fará por mim. Importante porque agora eu vou saber realmente o que é amar incondicionalmente alguém que me amará também. Importante porque agora existe uma vida que depende da minha vida para existir...
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