Objetivo

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Um Amor Americano

"Eu acordo diariamente com o travesseiro molhado devido as lágrimas derramadas no dia anterior. Eu tenho desejado não desejar. Eu tenho sonhado não sonhar. Eu tenho dito palavras mudas, apenas com um olhar, triste e digno de um coração mau vestido, coberto de mentiras e armadilhas que o destino mesmo guardou para mim. Eu tenho sonhos iguais os da chuva. de um dia buscar um lugar onde se instale finalmente. Em se instalar finalmente no vento e finalmente deixar de vez de cair de cara no chão. Mas quem sabe um dia eu vá dormir bem, sem ao menos derramar novamente as mesmas lágrimas diárias. Ontem eu fiquei sabendo que você partiria de Dallas para Vegas, mesmo assim fingi que tudo estava bem, diante a sua presença. Mas o que eu queria mesmo é que você voltasse para casa, quebrasse seu relógio para se desligar das horas que passam e checasse o seu telefone, só por acaso, e de repente visse a minha verdadeira mensagem de amor que acompanhava de fundo a nossa música a qual ouvíamos no carro todas as vezes em que eu te levava pra casa. Mas hoje é tudo mais difícil, nem no rádio ela toca mais. Talvez eu continue assim: Aqui, só, vivendo no velho centro de Dallas esperando seu retorno. Mas quem sabe um dia, algo faça você mudar e retomar aquela estrada em meio ao deserto e voltar para mim. Afinal, eu não irei atrás de ti, pois os cassinos jamais me fizeram ter vontade maior do que ter um beijo seu novamente com um amor de verdade dentro de um coração que ainda se arrepende, de perder alguém que fugiu em meio a poeira para escapar de um amor certo, para tentar conquistar espaço em um lugar onde o que mais brilha são as moedas de quem teme o anor ao próximo. Te espero em Dallas novamente, pois eu sempre sonhei com amigos e um amor de verdade. Mas sonhar nem sempre é poder. Acho que tenho que abrir mais os meus olhos e perceber que o mundo é mais hipócrita do que eu".
(Henrique P. Ficher ®)

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