A princípio parece ser muito simples, e muitas pessoas acham que sabem o que significa isso, mas no fundo não sabem, e não é tão simples assim como deveria ser.
Imagine a cena: você trabalha em uma empresa com vários funcionários divididos em vários setores. Cada um tem sua função específica, e o bom andamento do seu trabalho depende das ações de algumas outras pessoas de outros setores. Entretanto, algumas dessas outras pessoas das quais você precisa e depende não são muito colaborativas, não estão muito a fins de trabalhar e não se importam nem um pouco se essa atitude prejudicará ou não os demais ao seu redor, por isso simplesmente fingem que não têm nada a ver com o assunto e, por não fazerem a sua parte, acabam atrapalhando o resultado final do trabalho. E, é claro, se você é o responsável por este trabalho, independente de você ser o causador ou não do problema, obviamente a bronca vai sobrar para você.
Cada pessoa nesse mundo desempenha um papel em cada área da sua vida e em cada um desses papéis precisamos fazer a nossa parte, para que o processo aconteça, para que não fique nada parado nas mãos de ninguém, aguardando a atitude que deveríamos ter tomado, mas não tomamos sabe-se lá por que, mesmo sabendo que deveríamos tomá-la.
Ninguém consegue viver sozinho. Querendo ou não, dependemos de outras pessoas para que algumas coisas caminhem, e se a pessoa da qual você precisa não colabora, como é que as coisas saem?
Se cada um fizesse a sua parte, o mundo seria um lugar muito melhor para se viver, pois juntando a parte de cada daria um todo perfeito. Mas, não. As pessoas acabam se contaminando pelos maus pensamentos, aliás, isso chega a ser até engraçado: as atitudes boas não inspiram ninguém, mas as ruins carregam multidões consigo: se o fulano não faz tal coisa, por que eu vou fazer? Se todo mundo joga lixo na rua, não é o meu papel de bala que vai fazer a diferença na enchente. Mas o problema é que faz. Cada pessoa que negligencia algo por acreditar que já que ninguém faz a sua parte, ela também não vai fazer, está prejudicando um setor, uma família, um amigo, um sentimento, um país, uma nação, pois a sua parte é uma parcela do todo, e essa parcela faz muita diferença no resultado final.
Se eu disser que não desanima olhar para o lado e ver que o outro não faz a sua parte e não ter vontade de desistir, é mentira. A falta de comprometimento do outro causa revolta em nós, pois, com certeza, se ele não faz a sua parte, teremos que fazer a dele e a nossa se quisermos que as coisas andem, e se fazer a nossa parte já é difícil, imagina ter que fazer a do outro também? Mas a questão vai muito além disso: não podemos simplesmente nos igualar às coisas e pessoas que criticamos. Deixar de fazer a nossa parte também por revolta ou por achar que isso é justo conosco, apenas empurrará as nossas responsabilidades para outras pessoas e, assim, estaremos agindo exatamente da mesma maneira que todas as outras pessoas negligentes. Será que é isso que queremos, ser igual àquele que tanto criticamos? Porque, pode acreditar numa coisa: neste mundo, ainda existem pessoas que, acima de tudo e de todos, arregaçam as mangas e continuam fazendo a sua parte e a dos outros que não fazem, enfrentando todas as adversidades que surgem no caminho, mas cumprindo com as suas obrigações e até mesmo com as que não são suas, em busca, sempre, de um ambiente melhor. São estas pessoas que ainda trazem consigo a esperança de dias melhores, e são essas pessoas que simplesmente fazem acontecer, não ficam sentadas se lamentando e esperando por nada e nem por ninguém. Elas simplesmente vão lá e fazem, não importa o quanto isso custe.
É muito fácil culpar os outros por não fazerem a sua parte, mas, mais difícil ainda, é não se igualar a eles e negligenciar a sua. Aliás, fugir é muito mais fácil do que lutar.
Bom mesmo seria se cada um assumisse as suas responsabilidades e seus compromissos. Mas já que isso não acontece, que sejamos capazes de fazer as coisas acontecerem, não importa como e nem quanto esforço tenhamos que fazer para conseguir. O mundo é daqueles que não desistem jamais de seus objetivos. Podem mudar a direção, mas jamais desistir!
Com licença, vó.
Há 4 meses
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