(Rick Lucas)
E o amor, quem diria, virou estorvo.
O que antes alimentava a alma hoje é peso morto. Percebo que se tem evitado o amor como se evita uma gripe. O mundo, no século XXI, se tornou prático demais, rápido demais para o amor.
O amor tem atrapalhado a carreira profissional. Hoje é importante ter seu carro, seu apartamento, suas reservas financeiras para viagens, teatro, cinema, conforto. Não há espaço para amor nisso tudo.
O amor atrapalha a independência. Ir para onde quiser, quando quiser e com quem quiser é a nova diretriz. O amor não cabe mais entre duas pessoas.
Os relacionamentos ainda existem. Desde que não atrapalhe, ou seja, desde que não haja amor, as pessoas se relacionam, namoram, ficam juntas. Até a paixão pode, só não pode ter amor.
A paixão é moeda de troca. Paixão é ópio. Paixão vicia. E hoje se consome paixão como um trago num bar qualquer. Sai-se por aí a procura de paixões, assim, no plural, que sejam plenas e arrebatadoras, que dê ressaca, mas que passe no dia seguinte.
Amor não é vida. Quem ama não vive. O mundo está aí, pulsante, pleno, cheio, um leque infinito de oportunidades, de novas paixões, de novas pessoas, de novas vidas.
O amor, quem diria, virou estorvo.
E quando o amor acontece é pânico. Olha-se para si mesmo com asco, como se tivesse sido tocado por alguma maldição. – Não vai dar certo – é o que se diz.
Amor dói e não edifica. Amor afasta amigos e tolhe independência. E não é eterno.
Ficou antigo demais, obsoleto, em um mundo de máquinas fabulosas, que conectam pessoas ao toque de uma tecla, que te coloca o mundo em uma tela e que você interage.
Interagir com o mundo. Dar asas a sonhos e planos e ter nas mãos o Poder Fazer. E o Poder Fazer exige a independência e a altivez de quem não ama. Porque hoje em dia o amor não constrói mais nada.
Vamos em busca de paixões, então. O que faz o coração acelerar, que injeta adrenalina e que diverte. E que não dura.
Olhe à sua volta. Não existem mais coisas duráveis. Nem sua casa, nem seu carro, nem seu telefone de bolso. Viva o descartável e o reciclável.
E vamos vendo um futuro cada dia mais sem amor. Até que venha a extinção, e então, quando isso acontecer, extinguiremos todos nós. Pois só se sabe o valor das coisas quando elas não existem mais.
E o amor, quem diria, virou estorvo.
O que antes alimentava a alma hoje é peso morto. Percebo que se tem evitado o amor como se evita uma gripe. O mundo, no século XXI, se tornou prático demais, rápido demais para o amor.
O amor tem atrapalhado a carreira profissional. Hoje é importante ter seu carro, seu apartamento, suas reservas financeiras para viagens, teatro, cinema, conforto. Não há espaço para amor nisso tudo.
O amor atrapalha a independência. Ir para onde quiser, quando quiser e com quem quiser é a nova diretriz. O amor não cabe mais entre duas pessoas.
Os relacionamentos ainda existem. Desde que não atrapalhe, ou seja, desde que não haja amor, as pessoas se relacionam, namoram, ficam juntas. Até a paixão pode, só não pode ter amor.
A paixão é moeda de troca. Paixão é ópio. Paixão vicia. E hoje se consome paixão como um trago num bar qualquer. Sai-se por aí a procura de paixões, assim, no plural, que sejam plenas e arrebatadoras, que dê ressaca, mas que passe no dia seguinte.
Amor não é vida. Quem ama não vive. O mundo está aí, pulsante, pleno, cheio, um leque infinito de oportunidades, de novas paixões, de novas pessoas, de novas vidas.
O amor, quem diria, virou estorvo.
E quando o amor acontece é pânico. Olha-se para si mesmo com asco, como se tivesse sido tocado por alguma maldição. – Não vai dar certo – é o que se diz.
Amor dói e não edifica. Amor afasta amigos e tolhe independência. E não é eterno.
Ficou antigo demais, obsoleto, em um mundo de máquinas fabulosas, que conectam pessoas ao toque de uma tecla, que te coloca o mundo em uma tela e que você interage.
Interagir com o mundo. Dar asas a sonhos e planos e ter nas mãos o Poder Fazer. E o Poder Fazer exige a independência e a altivez de quem não ama. Porque hoje em dia o amor não constrói mais nada.
Vamos em busca de paixões, então. O que faz o coração acelerar, que injeta adrenalina e que diverte. E que não dura.
Olhe à sua volta. Não existem mais coisas duráveis. Nem sua casa, nem seu carro, nem seu telefone de bolso. Viva o descartável e o reciclável.
E vamos vendo um futuro cada dia mais sem amor. Até que venha a extinção, e então, quando isso acontecer, extinguiremos todos nós. Pois só se sabe o valor das coisas quando elas não existem mais.
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