Por mais que não queiramos ver e nem ouvir falar, por mais que achemos que só acontece com as outras pessoas e nunca próximo a nós, infelizmente quando a coisa acontece diante de nossos olhos, somos obrigados a parar e refletir sobre o assunto além de, de fato, admitir que ele existe e que pode nos atingir um dia.
Um caso de violência gratuita aconteceu muito perto de mim, e eu não posso deixar de comentá-lo: dois homens maduros, classe média alta, advogados, pós-graduandos em Direito, se atracam dentro do banheiro da Universidade, e um deles só sai de lá em coma. O que ficou inteiro, obviamente, alega legítima defesa, com a frase-padrão de sempre: “se não fosse ele lá, seria eu”.
Agora eu pergunto: uma pessoa que age em legítima defesa sai de uma briga sem nenhum arranhão? Veja bem: se é legítima defesa, presume-se que o outro atacou primeiro. Se outro atacou primeiro, como o agressor não está machucado e o outro está todo estourado no hospital? O sujeito em questão quebrou apenas a mão, obviamente porque encheu o outro de porrada, e não porque apanhou.
Não vou entrar em detalhes sobre o caso, mas o que se sabe é que os envolvidos já foram amigos de longa data antes de se odiarem tanto, pois fizeram graduação juntos e tinham um escritório de advocacia em sociedade, e é isso que talvez cause tanto arrepio na espinha dos espectadores deste filme de terror: se os caras, já tendo sido amigos, chegaram a um ato tão animalesco como esse, imagine o que podem fazer duas pessoas que não se conhecem?
A violência é uma coisa que sempre choca a todos, independente de onde e com quem aconteça. Eu não sei o que um fez ao outro para que tamanho ódio fosse nutrido e destruísse a amizade dos dois, mas, independente do que tenha sido feito e/ou dito, não justifica resolver as coisas dessa maneira. A violência nunca foi e nem nunca será o caminho para resolver nenhum problema, muito pelo contrário: a violência só gera mais violência.
O pior de tudo é ver como a justiça brasileira é injusta: o cara comete uma agressão gravíssima como essa, sai do local escoltado por policiais, todos nós achamos que ele vai pagar pelo que cometeu e... sim, ele paga, mas a fiança para sair da cadeia! Hoje ele está solto por aí dando entrevistas e dizendo que apenas se defendeu, e eu rezo para que nenhum de nós cause qualquer tipo de revolta nele pela rua, porque senão podemos ser as próximas vítimas.
Muito me entristece ver que o ódio tomou o lugar do amor no mundo de hoje. As pessoas já não toleram mais coisas mínimas, como um pisão no pé sem querer, e querem resolver tudo à base da violência, como se sangue lavasse a honra de alguém, como acreditava-se antigamente.
Percebe-se que, embora tenhamos evoluído muito ao longo dos anos, algumas coisas parecem que estão voltando a ser primitivas, e isso assusta. Nos dias de hoje percebe-se claramente que a violência não tem nada a ver com o grau de instrução das pessoas, pois a cada dia que passa vemos mais e mais assassinos vindos de boas famílias e com boa base educacional.
Há uma pergunta a ser feita, mas eu tenho muito medo da resposta: aonde vamos chegar com tudo isso? Eu tenho muito medo do amanhã...
Um caso de violência gratuita aconteceu muito perto de mim, e eu não posso deixar de comentá-lo: dois homens maduros, classe média alta, advogados, pós-graduandos em Direito, se atracam dentro do banheiro da Universidade, e um deles só sai de lá em coma. O que ficou inteiro, obviamente, alega legítima defesa, com a frase-padrão de sempre: “se não fosse ele lá, seria eu”.
Agora eu pergunto: uma pessoa que age em legítima defesa sai de uma briga sem nenhum arranhão? Veja bem: se é legítima defesa, presume-se que o outro atacou primeiro. Se outro atacou primeiro, como o agressor não está machucado e o outro está todo estourado no hospital? O sujeito em questão quebrou apenas a mão, obviamente porque encheu o outro de porrada, e não porque apanhou.
Não vou entrar em detalhes sobre o caso, mas o que se sabe é que os envolvidos já foram amigos de longa data antes de se odiarem tanto, pois fizeram graduação juntos e tinham um escritório de advocacia em sociedade, e é isso que talvez cause tanto arrepio na espinha dos espectadores deste filme de terror: se os caras, já tendo sido amigos, chegaram a um ato tão animalesco como esse, imagine o que podem fazer duas pessoas que não se conhecem?
A violência é uma coisa que sempre choca a todos, independente de onde e com quem aconteça. Eu não sei o que um fez ao outro para que tamanho ódio fosse nutrido e destruísse a amizade dos dois, mas, independente do que tenha sido feito e/ou dito, não justifica resolver as coisas dessa maneira. A violência nunca foi e nem nunca será o caminho para resolver nenhum problema, muito pelo contrário: a violência só gera mais violência.
O pior de tudo é ver como a justiça brasileira é injusta: o cara comete uma agressão gravíssima como essa, sai do local escoltado por policiais, todos nós achamos que ele vai pagar pelo que cometeu e... sim, ele paga, mas a fiança para sair da cadeia! Hoje ele está solto por aí dando entrevistas e dizendo que apenas se defendeu, e eu rezo para que nenhum de nós cause qualquer tipo de revolta nele pela rua, porque senão podemos ser as próximas vítimas.
Muito me entristece ver que o ódio tomou o lugar do amor no mundo de hoje. As pessoas já não toleram mais coisas mínimas, como um pisão no pé sem querer, e querem resolver tudo à base da violência, como se sangue lavasse a honra de alguém, como acreditava-se antigamente.
Percebe-se que, embora tenhamos evoluído muito ao longo dos anos, algumas coisas parecem que estão voltando a ser primitivas, e isso assusta. Nos dias de hoje percebe-se claramente que a violência não tem nada a ver com o grau de instrução das pessoas, pois a cada dia que passa vemos mais e mais assassinos vindos de boas famílias e com boa base educacional.
Há uma pergunta a ser feita, mas eu tenho muito medo da resposta: aonde vamos chegar com tudo isso? Eu tenho muito medo do amanhã...
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