Objetivo

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Palavras Amigas

Tantas lágrimas derramadas em vão
Um desejo estranho de sofrer

Por que chora, menina?
Sim, eu sei, o mundo está coberto
cheio de mágoas, de desespero...
Não sabemos em quem confiar
Não temos para onde fugir
O amor está perdido no desespero
Enquanto muitos dão um sorriso confuso
Outros nem ao menos olham para nossos corações
Querem paz chamando de guerra
Querem amor chamando de "azarar"
Querem amizade chamando de explorar
Querem viver chamando de dinheiro...
Não chore mais, menina
Nossos olhos traduzem nosso coração
E um dia o amor irá vencer o desespero.
(Danillo Tani)
**********************************************************
Meus pés já não tocam mais o chão, eu já não tenho rumo e nem direção. Antes eu conhecia muito bem o caminho, agora eu já não sei mais nem para onde ir. Ao mesmo tempo que estou muito feliz pela realização de um sonho tão esperado (embora não esperado para agora), estou sendo consumida pela insegurança de um amanhã incerto. O que dizer quando não se tem mais palavras? O que fazer quando já se fez tudo o que deveria ser feito? O que pensar quando apenas pensamentos maus enchem a cabeça?
Sempre ouvi dizer que o silêncio, muitas vezes, é a melhor arma, vale mais que mil palavras, explica o que não se pode dizer em palavras, e eu acho que é o momento ideal para eu acreditar nisso...
Deus, eu preciso muito de força, fé e coragem.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Mea Culpa

"Tolo é aquele que já afundou vários navios e ainda continua culpando o mar".
Acabei de ler esta frase, e, além de achar interessantíssima, me identifiquei muito com ela. Chega de culpar a vida, o azar, os outros pelas coisas ruins ou desagradáveis que me acontecem. A única culpada por tudo isso sou eu mesma, através dos meus atos. Não importa se sejam atos conscientes ou inconscientes, eles afetarão na minha vida do mesmo jeito, por isso preciso prestar mais atenção aonde piso.
Lutando muito contra mim para me curar de uma doença que está me matando um pouco a cada dia, há muito tempo: amar demais.
Preciso aprender muita coisa ainda, pois agora preciso ensinar também...

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Uma pequena curiosidade

Pegue um papel e uma caneta, sente-se em um lugar bem tranqüilo e faça uma lista de todos os seus maiores medos, aquelas coisas que você jamais gostaria que acontecessem na sua vida.
Esqueça por um segundo todos os seus mecanismos de defesa e negação, recorra às suas lembranças e veja quantos desses maiores medos já deixaram de ser apenas um medo e se tornaram realidade no seu dia-a-dia.
A minha pergunta é muito simples, porém assustadora: por que justamente tudo o que mais tememos acontece em nossas vidas?

Acontece com todo mundo

Ontem, conversando com um amigo muito querido que acabou de terminar um namoro de quase dois anos, senti uma ponta de tristeza ao me lembrar que fato semelhante ocorrera comigo, há pouco mais de um ano. Assim como no seu relacionamento, no meu também aconteciam brigas de vez em quando, mas em momento algum eu poderia imaginar, assim como meu amigo, que essas briguinhas bobas de casal fossem terminar de maneira tão drástica – com um rompimento definitivo. Como ele, eu fui pega de surpresa, pois achava que estava tudo bem e que havia amor o suficiente para superar e suportar todas as adversidades. Mas não havia. Havia amor da minha parte, havia disposição da minha parte, mas não da parte do outro. E amor sozinho não vale de nada, não recupera nada, não sobrevive.
E olhando para ele, imaginando o que ele sente nesse momento de sua vida, me remeti ao meu próprio passado, à minha própria dor, aos meus próprios questionamentos e a uma velha pergunta, à qual nunca encontrei resposta: como pode o amor de uma pessoa acabar assim, da noite para o dia? E se o amor de um acabou, por que o do outro não pode acabar também, simultaneamente? Assim, ninguém sofreria. Assim, não haveria sentimento de rejeição e fracasso. Poderia ser simplesmente algo automático: ao mesmo tempo em que um deixa de amar, o outro também deixa, e os dois separam-se sem mágoas, sem medos, sem remorsos, sem lembranças e sem saudade. Porque o que fere a alma não é exatamente o fim de um relacionamento. O que fere a alma é o fim de um relacionamento quando você ainda está envolvido nele, quando você ainda ama a pessoa que está partindo e não faz a mínima idéia de como viverá sem aquela presença na sua vida.
O que fere a alma é não conseguir esquecer a pessoa que se ama, mesmo sabendo que ela já te esqueceu, que pode até já estar nos braços de outra pessoa. Se existisse um remédio para nos auxiliar a esquecer, tudo seria mais fácil. Mas o que mata é a lembrança diária, é a luta diária para vencer a dor e a saudade. Se essa guerra tivesse apenas uma batalha, tudo seria mais fácil para quem ficou com o coração cheio de amor. O que mata é não conseguir controlar o próprio pensamento e ficar imaginando 24 horas por dia o que a outra pessoa está fazendo, se está feliz, se está com outro(a), se está com saúde, se chegou bem em casa na noite passada. O que mata é saber que o sábado vai chegar e você não precisará se vestir para esperá-lo(a), pois a pessoa simplesmente não virá mais. Talvez nunca mais. O gosto do “nunca mais” para quem acreditou no “para sempre” é amargo, insuportável, horrível. Obviamente, não se pode prever o futuro, o mundo dá muitas voltas, mas quem, em estado de completo desespero, consegue manter a calma e pensar que amanhã tudo poderá ser melhor?
Nossa coragem às vezes é covarde, pois nos abandona no momento em que mais precisamos dela para suportar e sobreviver à tempestade. Dizem que a esperança é a última que morre, e sabe por que? Porque ela é a primeira que foge no momento em que a adversidade chega.
O que mais dói não são as palavras de adeus ditas tão depressa, mas o silêncio que fica depois delas. Porque só passamos a acreditar e enxergá-las como verdadeiras quando esperamos um telefonema de desculpas e ele nunca vem. É o silêncio tomando conta de tudo, calando sonhos e desejos, deixando seu rastro entre as fotos e lembranças do que um dia foi felicidade.
Mas tiram-nos os sonhos, tiram-nos o brilho dos olhos, tiram-nos os desejos, arrancam-nos violentamente o mundo que construímos com tanto cuidado, mas existe algo que nunca podem arrancar de nós: as lembranças, a crença de que fizemos a coisa certa o tempo todo, e de que a falha não foi nossa. Se foi o destino ou o acaso, não importa. O amor verdadeiro nunca falha.
E que venham novos amores, dessa vez reais, para curar nossas feridas...

...Tão simples e tão certo...


"Tudo é dor
E toda dor
Vem do desejo
De não sentirmos dor"

(Legião Urbana - Quando o sol bater na janela do teu quarto)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Sobre o Drama

Certo dia, li um texto maravilhoso no encarte de um CD que, muito mais tarde, fui descobrir que o autor era Luiz Gasparetto, após procurá-lo incansavelmente na internet para postá-lo no blog (e eu o postei, é só procurar).
Dentre outras coisas espetaculares presentes naquelas palavras, havia esta frase: “Cada drama é só o nosso modo de ver”. Há muitos anos eu penso no sentido dessa frase. Há muitos anos eu me faço perguntas que só hoje começo a conseguir responder, lentamente.
Sempre ouvi das pessoas que sou dramática, e, confesso, isso sempre me aborreceu muito. As pessoas são extremamente egoístas, principalmente quando se trata de analisar os problemas dos outros. Os seus problemas são sempre problemões, os dos outros classificam como drama – foi sempre assim que eu pensei a respeito disso, no auge da minha rebeldia, sem perceber que, talvez, eu agia exatamente dessa maneira, supervalorizando meus problemas e diminuindo os problemas alheios.
Hoje, um pouco mais madura e depois de algumas experiências de vida desagradáveis que me fizeram sair do alto da arrogância e analisar a minha própria vida, afinal, para as coisas estarem saindo tão erradas o tempo todo não era possível que o problema estivesse apenas nos outros – deveria estar em mim também, finalmente fui capaz de compreender a frase do poema lido e conhecido há tanto tempo.
Quando algo de muito ruim me acontece, não aceitando o fato, costumo olhar para a vida de outras pessoas e sentir inveja delas, pois vejo que estão felizes e vivendo de maneira “perfeita”, quase como um sonho, enquanto eu estou sempre passando por tempestades. Penso, ainda, que tantas pessoas que merecem muito menos do que eu são agraciadas, enquanto eu continuo sempre na mesma. Até que eu comecei a descobrir que, na verdade, não é que aquelas pessoas têm vidas perfeitas e eu não, o que me diferencia delas é a maneira de encarar os problemas. Todos nós temos um fardo para carregar em algum campo de nossa vida. Coisas ruins acontecem com as pessoas o tempo todo, a dor invade o peito delas e o sofrimento chega forte e determinado, mas o que as fazem diferentes das demais é a classificação que dão à situação: fato da vida ou drama.
Ao encarar os acontecimentos como fatos da vida, a pessoa não busca um culpado, não questiona Deus, não se sente injustiçado e nem se debulha em lágrimas doídas e monólogos intermináveis de lamentações. É claro que ela sente o acontecido, principalmente porque estava envolvida e acreditando que tudo ficaria bem, mas procura acreditar que tinha que ser daquele jeito, que foi melhor assim, entrega nas mãos de Deus, sacode a poeira e segue a vida, tentando encontrar saídas e reconstruir o que foi perdido, ou buscar novos horizontes, se necessário. Enfim, a pessoa se reconhece como importante, não se culpa por nada e nem se importa em culpar ninguém. Ela sabe que precisa seguir em frente e que se algo não deu certo é porque deve ser feito de uma outra maneira e que sempre há outra alternativa para tudo.
Entretanto, ao encarar os acontecimentos como dramas, a pessoa simplesmente é incapaz de aceitar o que aconteceu, sua auto-estima está visivelmente abalada e ela se sente responsável pelo ocorrido, além de injustiçada e mortalmente ferida. Ela fecha os olhos para o resto do mundo, e enxerga seu problema como se fosse o maior que existe, se acaba em lágrimas, sofrimento, comida, bebida, drogas, qualquer coisa que seja um vício (os dramáticos sempre têm um vício, que, nesse caso, atua como desculpa para cometer insanidades), acreditando que o problema nunca mais terá solução e que ela sofrerá para o resto da vida. Com medo de que aquela dor nunca se acabe, se agarra na primeira coisa que lhe aparece diante dos olhos e se pareça com uma solução, e acaba conseguindo mais problemas para a sua vida. O dramático chega a ser irracional, culpa Deus, os outros e até mesmo a si próprio, tentando desesperadamente encontrar explicação para algo que, muitas vezes, é inexplicável, pois não consegue conviver com a culpa que sente, mesmo não sendo responsável por nada. O dramático fica tão cego de desespero que transforma pequenos fatos da vida em enormes problemas, e sofrem de maneira absurda, chegando até a adoecer.
E assim eu descobri que sou realmente dramática. Além de todas as características, eu fico doente e obcecada quando algo de ruim acontece na minha vida porque aquele novo fato me obrigará a buscar mudanças, a respirar novos ares, e eu simplesmente tenho pavor de mudanças. Sinto-me perdida e sufocada só de me imaginar tendo que recomeçar tudo do zero, tendo que correr atrás de novas experiências e ficando sujeita a novas quedas e arranhões. Sou fã da estabilidade, não é à toa que fui buscar colocação na carreira pública. O novo me assusta, me apavora, me cega. O velho, embora nem sempre bom e estimulante, é mais seguro.
Eu me desespero por antecipação. Eu sofro por coisas que nem mesmo aconteceram ainda. Eu vivo ansiosa, apavorada, amedrontada. Eu não consigo perceber que o que tem que ser nosso, sempre volta para nós. Eu não deixo a vida seguir seu curso. Mas só hoje eu estou conseguindo enxergar isso, após começar a dar ouvidos aos outros de maneira menos crítica e mais aberta.
Quando a dor do amor me invade e eu acho que nunca mais vou deixar de sofrer, penso na minha avó, que foi casada com meu avô por 34 anos, traída por ele desde o princípio, sempre sabendo e fingindo que não sabia, era completamente apaixonada por ele, privou-se de muitas coisas por esse amor, privou seus filhos de muita cosia por esse amor, para já na velhice, quando tudo deveria ficar estável e tranqüilo, ser abandonada por ele, que foi viver com outra mulher. Minha avó sofreu muito, ficou três dias deitada sem falar com ninguém e sem comer nada, emagreceu e sofreu muito, até decidir que tudo seria entregue nas mãos de Deus, para que Ele fizesse o melhor. Nunca fez desta história um drama. Todos nós achávamos que ela não sobreviveria sem o meu avô, e ela sobreviveu. Meu avô morreu há uns 9 anos, em decorrência de complicações renais, e minha avó está viva, com 73 anos, com fé e força e sempre acreditando que as coisas simplesmente acontecem porque têm que acontecer, que nada é por acaso, tudo tem um propósito maior, que às vezes só Deus sabe qual. Hoje ela enxuga as minhas lágrimas e me pede para não sofrer, que Deus sabe o que faz. Ela é um exemplo de vida, de superação e de fé. Não foi fácil para ela suportar, mas ela suportou. E hoje me ensina a viver sem ter medo do amanhã, me libertando da insegurança e da incerteza, encarando as coisas como fatos da vida, não como dramas. É um longo caminho, que eu quero aprender a trilhar, pois no final dele há um encontro inesquecível com a felicidade, aquela felicidade que ninguém pode nos dar além de nós mesmos: a felicidade interior...
“Eu não quero mais correr, vou cuidar do meu jardim” – principalmente porque hoje meu jardim tem uma flor rara e bela, que precisa da minha atenção e cuidados máximos. E eu preciso estar pronta para cuidar desta flor, para que ela nunca murche como eu já murchei algumas vezes na minha vida. Preciso renascer muito mais vezes e aprender muitas coisas ainda para poder ensinar algo a alguém. E hoje eu estou disposta a isso, sempre e quantas vezes for necessário. Não quero mais viver dramas, quero apenas viver em paz.

Lei de Murphy?

Eu não acredito muito nessas coisas, não, mas me aconteceram dois fatos nos últimos dias que me fizeram pensar um pouco a respeito do assunto:
1º - Dentre as milhares de funções que executo na empresa em que trabalho, uma delas é cuidar do setor de Revistas (trabalho em uma Universidade, que tem 8 revistas acadêmicas). Todas essas revistas são impressas e também disponibilizadas pela internet. Pois bem, em um prazo de uma semana e meia, já recebi duas ligações de pessoas diferentes que querem uma mesma revista da área da saúde do ano de 2005. Acontece que não tenho mais exemplares impressos desta revista e, ao olhar no site, há todos os números disponíveis, menos o que elas querem. E eu me pergunto: por que elas têm que querer e precisar justamente do exemplar que não tem? E o pior: ninguém faz a mínima idéia do por que não tem. Só Deus sabe. E eu, que nem aqui trabalhava em 2005, tenho que correr atrás deste assunto...
2º - Outro dos maravilhosos setores de que cuido é da Solicitação de Auxílio Financeiro para Eventos Externos, ou seja, algum professor precisa viajar para algum congresso, convenção ou qualquer outro lugar que a Universidade julgue interessante, preenche um papel, anexa duzentas mil folhas que, com certeza, ninguém vai ler, mas se não estiverem lá serão cobradas e interromperão o processo que já é longo até demais (burocracia é uma beleza), encaminham para mim, eu registro no livro, passo para um professor que analisa, que passa para outro professor que aprova, que me devolve para que eu faça o memorando, que devolvo para o segundo professor que assina, que passa para o aval de outras três pessoas até chegar no seu destino final: o pagamento desta verba, que é feito por mais de um setor, por mais de uma pessoa e o qual raramente eu fico sabendo qual foi a resposta. O mais legal de tudo é que os professores ligam para mim para saber o resultado de seu pedido e eu quase nunca sei responder, pois, embora cuide dessa maravilha, quase nunca sou informada sobre as decisões finais. E mesmo não sendo comunicada das decisões finais, os abacaxis sobram sempre para mim... tanto professor bacana e compreensivo para ter problemas com sua passagem aérea de volta, e justamente o cara mais mala e arrogante, aquele que faz mais escândalo e pentelha a vida alheia é o que tem o problema. É ou não é a tal da Lei de Murphy, que se popularizou tanto que já virou até piada?
De tanto as pessoas falarem que esta teoria mudou radicalmente sua vida e sua maneira de pensar e agir, eu, que estou buscando tanto a cura espiritual e a mudança, li “A Lei da Atração Universal” e “O Segredo”, que, embora sejam livros diferentes, de autores e editoras diferentes, falam sobre o mesmo assunto, utilizando-se praticamente da mesma linha de pensamento e estruturação de texto: a força do pensamento. Estes autores dizem que temos uma arma poderosíssima conosco, capaz de nos trazer tudo o que desejamos, se bem utilizada, ou nos trazer as piores desgraças possíveis, se mal utilizada: a nossa mente. Diz, ainda, que tudo o que vivemos, fazemos, todas as experiências e pessoas que passam por nossas vidas são atraídas pela força do pensamento. Em resumo: se você tem bons pensamentos, atrai boas coisas. Se você tem maus pensamentos, atrai coisas ruins. É realmente muito legal acreditar que somos capazes de mudar toda a nossa vida para melhor sem mover um dedo, apenas pensando de maneira positiva 24 horas por dia, mas a questão que mais me intriga nisso tudo é a seguinte: por acaso eu estava pensando em alguma das coisas que aconteceu comigo? E como somos capazes de controlar nossos pensamentos? Não sei o que as outras pessoas acham a respeito disso, mas eu, particularmente, sou dominada pelos meus pensamentos, eu tento controlá-los, mas eles são muito mais fortes do que eu e simplesmente fluem, causando muitos sentimentos confusos em mim. É realmente muito curioso...
Mas, para não tornar este post tão sério, coloquei aqui algumas variações da Lei de Murphy que as pessoas criaram, baseadas no princípio dele. É engraçado e às vezes assustador, pois é assim mesmo que acontece, embora eu não queira pensar que seja. Vai que a nossa mente é tão poderosa assim como dizem esses livros! rs

- Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível.

- Se há possibilidade de várias coisas darem errado, todas darão - ou a que causar mais prejuízo.

- Se você perceber que uma coisa pode dar errada de 4 maneiras e conseguir driblá-las, uma quinta surgirá do nada.

- Seja qual for o resultado, haverá sempre alguém para:
a) interpretá-lo mal.
b) falsificá-lo.
c) dizer que já o tinha previsto em seu último relatório.

- Quando um trabalho é mal feito, qualquer tentativa de melhorá-lo piora.

- Acontecimentos infelizes sempre ocorrem em série.

- Toda vez que se menciona alguma coisa: se é bom, acaba; se é ruim, acontece.

- Você sempre encontra aquilo que não está procurando.

- Entre dois acontecimentos prováveis, sempre acontece um improvável.

- Por mais bem feito que seja o seu trabalho, o patrão sempre achará onde criticá-lo.

- Toda solução cria novos problemas.

- Dois monólogos não fazem um diálogo.

- Inteligência tem limite. Burrice não.

- Seis fases de um projeto:
1. Entusiasmo;
2. Desilusão;
3. Pânico;
4. Busca dos culpados;
5. Punição dos inocentes;
6. Glória aos não participantes.

- Assim que tiver esgotado todas as suas possibilidades e confessado seu fracasso, haverá uma solução simples e óbvia, claramente visível a qualquer outro idiota.

- Seja qual for o defeito do seu computador, ele vai desaparecer na frente de um técnico, retornando assim que ele se retirar.

- Oitenta por cento do exame final que você prestará, será baseado na única aula que você perdeu, baseada no único livro que você não leu.

- Cada professor parte do pressuposto de que você não tem mais o que fazer, senão estudar a matéria dele.

- A informação mais necessária é sempre a menos disponível.

- Por que será que números errados nunca estão ocupados?

- Na guerra, o inimigo ataca em duas ocasiões: quando ele está preparado, e quando você não está.

- Tudo que começa bem, termina mal. Tudo que começa mal, termina pior.

- Amigos vêm e se vão, inimigos se acumulam.

- As crianças são incríveis. Em geral, elas repetem palavra por palavra aquilo que você não deveria ter dito.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Buscando a minha cura

"Você é o amor que procura. Você é a companhia que deseja. Você é seu próprio complemento, sua própria integridade. Você é seu melhor amigo, seu confidente. "Você é", como a poetisa Audre Lorde escreveu, "a pessoa por quem está procurando." Você é a única pessoa que pode fazer por você o que espera que outra pessoa faça. Se não se sentir bem com quem você é e com o que tem, como pode esperar receber coisa diferente? Se você não conhece a verdade a seu respeito, está com problemas! Vá para casa! Se não fizer isso, provavelmente o mundo lhe dará uma rasteira.
Quando você sabe alguma coisa, você a faz, você a vive. Quando não, você tenta entendê-la. A maioria de nós está tentando descobrir o que fazer para melhorar nossos relacionamentos, para fazê-los funcionar, porque passamos rapidamente do amar a mim para amar o outro. Amor-próprio significa gastar um tempo para sorrir, ouvir e abraçar-se carinhosamente. Se não passarmos algum tempo fazendo isso, aquilo que procuramos e esperamos conseguir nos relacionamentos continuará a escapar de nós. Essa experiência - a aceitação total, o reconhecimento honesto, o apoio confiante e o respeito a nós mesmos - é a única coisa de que precisamos para transformar qualquer relacionamento em um bom relacionamento. Quando temos este tipo de amor-próprio, estamos mais do que dispostos a fazer o trabalho, às vezes desagradável, mas indispensável para estabelecer, construir e manter um relacionamento. Sem ele, estamos destinados a nos perder no meio de um monte de confusões".
(Iyanla Vanzant - Trecho do Livro "Enquanto o amor não vem")

Aos meus pais


Ontem tive o privilégio de comemorar ao lado da minha família o aniversário de casamento de 33 anos dos meus pais. No mundo de hoje, onde o amor tornou-se algo descartável e fora de moda, é muito raro ver uma união tão duradoura. Temos desentendimentos, sim, mas somos uma família muito unida e feliz, com problemas, como todas as outras famílias, mas feliz.
Meus pais não são um casal perfeito de novela, às vezes eles brigam feio, às vezes um dorme no quarto e o outro na sala, já falaram várias vezes em separação, já se arrependeram de ter se casado por um instante, mas o que os mantêm juntos por todos esses anos é a magia do amor, única força capaz de fazer com que duas pessoas aprendam a conviver com as diferenças e construir um caminho em comum, em consonância.
A convivência familiar não é uma coisa fácil, os gênios e as atitudes de cada um são muito particulares e muitas vezes acabam batendo de frente, mas é o amor, e somente o amor, que nos faz querer estar juntos sempre, e nos momentos em que mais precisamos de um ombro amigo, é a família que está lá, pronta para nos acolher independente da falha cometida. A família está lá, pronta para segurar a barra, para enxugar as lágrimas, para trazer de volta o brilho do olhar e dar o carinho que tanto se precisa. Esta é a minha família. Este é o fruto de uma união de 33 anos, da junção dos sonhos e projetos de um homem e uma mulher.
Esta união rendeu três filhos completamente diferentes um do outro, uma neta que mais parece filha e um(a) netinho(a) que está vindo por aí daqui há pouco, para trazer mais alegria, somar mais energias positivas e aumentar a geração.
Só tenho a agradecer aos meus pais pela base que me foi dada, pela estrutura familiar que tenho, pela idéia de família que foi concebida por intermédio deles e pelo apoio que eles sempre me deram e sempre me darão, em todos os momentos da minha vida. Sei que não sou um exemplo de filha, tenho minhas rebeldias e meus problemas, mas muito mais forte e intenso do que isso é o amor recíproco que nos une. Tenho uma inveja boa dessa união e é este o ideal de amor que busco: um amor intenso, longo, que dê muitos frutos e que envelheça lado a lado, com a certeza de que, pesando as coisas boas e as ruins, as boas continuam fazendo tudo ter valido a pena.
Não sei se vou conseguir ter um casamento tão duradouro, mas espero que, pelo menos, eu possa criar os filhos que Deus me der com todo esse amor, carinho e dedicação.
Que estes 33 anos virem 40, 50, 60 e quantos mais Deus permitir. Amo vocês. Obrigada por existirem em minha vida e por me ensinarem a cada dia o valor de uma família.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Sobre o amor

(Cristiana Guerra - texto retirado do blog parafrancisco.blogspot.com)

Quando nasce um amor novo, é difícil resistir à tentação de alimentá-lo só com a presença. Mas é preciso deixar o amor respirar. Se você colocar uma flor bem bonita dentro de uma redoma, com medo que o vento e o tempo levem sua beleza, manterá por muito pouco tempo o que dela é bonito.
O que eu aprendi sobre o amor, filho, é que ele é feito de faltas e presenças. E que nenhuma das duas pode faltar.
Aprendi que o amor é feito de liberdade. É como ter, todos os dias, muitas outras opções. E ainda assim fazer a mesma livre escolha.
Dessas pequenas vitórias se faz a alegria de amar e ser amado. Descobrir no olhar do outro que você foi escolhido de novo. E de novo, mais uma vez.
Também aprendi que o amor interrompido em seu auge permanece bonito para sempre. O que pode ser muito doído ou pode ser um presente. Depende de como a gente quer guardar. Depende de como a gente quer seguir.
O amor é feito de falta, filho. Mas aí mora um perigo: adorar mais a falta que o próprio amor. Posso cometer esse erro diante de quem amo ou diante da própria falta. E aí quem passa a faltar sou eu mesma.
O amor é feito de falta, mas não sobrevive sem a presença. O amor é feito de hoje.
Por isso, ao ver a ida do seu pai, meu coração deu um nó. Como continuar minha caminhada, como não olhar para trás, se vinha de lá a nova presença, o novo amor?
Você é feito do amor de ontem, cresce amor de hoje e vai ser amor de amanhã. Você me trouxe a alegria de continuar amando o seu pai. Aquele que conheci, com quem vivi cada hoje com intensidade e delicadeza. Aquele por quem lutei, com quem briguei. Aquele que me transformou e que se deixou transformar por meu amor. Você e ele, juntos, me trouxeram o milagre de continuar amando a mim mesma. A falta do seu pai doeu ontem e dói ainda hoje. Mas não é a mesma dor. Com esse amor, tento transformar a dor de hoje em uma dor diferente amanhã. O que aprendi sobre o amor é que ele deve estar sempre distraído. Mas quando falta o objeto do amor é o contrário: melhor não se distrair nunca.
O que aprendi sobre o amor - e isso aprendi sobre o amor a mim mesma - é que ele exige de mim, todos os dias, um esforço. Um exercício diário do qual não posso abrir mão. É como estar num mar profundo, sem barco ou bóia. Não posso simplesmente boiar. Posso relaxar um pouco, mas logo retomo o nado. Não posso boiar, não posso, não posso. A onda pode me levar.
*******************************************************
Poderia dizer muitas coisas sobre este texto, mas acho que não há a mínima necessidade. A autora dele é extremamente sábia com as palavras, e com a sua própria história de vida descreve muitas vidas que têm vivido por aí sem saber se descrever. Descobri este blog em um momento muito oportuno da minha vida, esta mulher é um exemplo de força, garra e coragem, perdeu o namorado, pai de seu filho, a dois meses do nascimento do bebê e foi obrigada a lidar com a dor da morte do homem que ama e com a alegria de receber o filho que foi concebido junto com ele, com muito amor e com a certeza de uma felicidade juntos que, infelizmente, não veio. A sua força, a sua serenidade e o seu amor pela vida são exemplos que devem ser seguidos por todos nós. Reclamamos tanto da vida e achamos nossos problemas tão grandes, para de repente deparar-se com problemas ainda maiores que os nossos e ver que somos premiados pela vida, às vezes sem sequer perceber.
Nota-se que ela viveu um amor muito intenso com o pai de seu bebê e, eu não encontrei outra descrição de amor tão verdadeira como esta que ela escreveu e que eu estou postando aqui no blog. O que mais me doeu foi perceber que eu não sou a escolhida do meu amor entre as tantas outras coisas que existem...
Eu sinto a mesma solidão desta mãe e mulher, embora as circunstâncias sejam diferentes...

Banalidades do mundo moderno

A ociosidade às vezes nos faz refletir sobre cada assunto idiota... o que mais me entristece em tudo isso é que, é idiota, mas é real...
Ontem me faltou coragem para ir à faculdade, então, terminado meu longo expediente (o dia ontem não queria passar de jeito nenhum!) fui direto para a minha casa, sonhando com um banho bem quentinho, meu pijama de ursinho e minha cama bem aconchegante.
Acontece que não foi possível realizar meus planos tão cedo, uma vez que quando temos família somos constantemente cobrados no quesito dar atenção a eles. Pois foi exatamente o que me aconteceu ontem: tive que fazer sala para um tio e sua namorada que estão lá em casa e que vão embora amanhã bem cedinho.
O mais legal de tudo é que não havia nenhum assunto a ser conversado entre nós, mas a obrigação de ser educado e simpático me fez permanecer ali, em frente à televisão e com eles, mais assistindo televisão do que efetivamente conversando sobre algum assunto interessante.
O programa que estava passando era um daqueles da linha “super educativo”, ou seja, tudo o que você não deve fazer se quiser não ser uma pessoa ridícula e/ou bizarra e/ou exibicionista. Acho que nem preciso colocar o nome do programa aqui, pois a maioria das pessoas já imagina qual seja. Particularmente, assisto a este programa quando estou triste ou depressiva, pois vejo um monte de absurdos que me fazem rir e me sentir um ser humano adorável, maravilhoso e muito digno. O programa de ontem, uma reprise, levava ao palco uma fulana com sobrenome “artístico” de chocolate que colocou 3,5 litros de hidrogel (alguma coisa parecida com silicone – usada em casos que a pessoa quer ter mais que seios fartos, quer se transformar em uma anomalia!) em cada seio e estava exibindo aqueles peitões enormes e desproporcionais como se fossem a coisa mais linda e normal do mundo, além de dizer aos quatro ventos que pretende chegar aos 9 litros em cada seio. Como se não bastasse, estava listando os dois milhões e meio de plásticas que já realizou (lipoaspiração, abdominoplastia, silicone na bunda, botox não sei aonde, e blá blá blá...), tudo na busca do corpo perfeito. De tudo o que esta pessoa (se é que um ser desse pode ser chamado de pessoa) disse em quase duas horas de programa, acho que não dá para aproveitar uma palavra sequer.
Para completar o circo, ainda havia mais duas mulheres no palco para fazer perguntas à peituda, uma é dona de mais de dois milhões de plásticas também (gosta tanto de plásticas que só se casa com cirurgiões rs) e a outra é uma dessas famosas mulheres-fruta com um traseiro do tamanho de uma scania que fica chacoalhando aquela aberração o tempo inteiro, como se fosse a única parte do corpo dela que existisse e tivesse importância (considerando que ela não tem nada no cérebro... é, deve ser a única parte dela que é aproveitável mesmo). A discussão girava em torno de quem era mais gostosa, de quem tinha as maiores medidas, enfim, um monte de banalidades que hoje são o assunto em pauta, a moda do momento. Mais uma vez, nada de aproveitável.
Assistindo àquilo tudo e rindo muito, por um momento parei para refletir e a diversão deu lugar a uma profunda tristeza por sentir o quanto o mundo e muitas pessoas que nele vivem são tão fúteis, que hoje tudo o que importa são as medidas do corpo e se a barriga é zero por cento de gordura. Então, pensei em mim, pensei no quanto a ditadura da beleza já me machucou e em todos os traumas que eu carrego por tentarem me convencer de que ser magra e bonita é tudo o que importa na vida, que as pessoas que estão fora deste padrão não merecem ser felizes e estão à margem da sociedade. Pensei também que, em plena era das mulheres bonecas-infláveis, para que perder meu tempo, minha energia e meus neurônios na faculdade estudando para ser alguém na vida, para ser intelectualmente melhor, se a inteligência não é atributo valorizado atualmente? É melhor parar com todo esse banho de cultura e me inscrever urgentemente em uma academia, além de já começar a pagar as prestações das próteses de silicone e das lipoaspirações. Eu não gostaria de ser uma mulher-objeto, mas cansa e irrita ver que apenas estas mulheres têm valor e reconhecimento no mundo. Eu estou de saco cheio dessas mulheres-fruta, de ver bunda e peito na televisão, de discursos ignorantes sobre a importância da beleza, de revistas de dieta e de todas essas palhaçadas alienantes. Antes estar fora dos padrões mundiais de beleza do que ser anencéfalo, porque a beleza a gravidade um dia, inevitavelmente, destrói, agora o cérebro, se bem usado, te acompanha por toda a velhice. O sexo, um dia, deixa de ser tão intenso e freqüente, agora a conversa, se interessante, mantém uma pessoa ao seu lado pelo resto da vida.
Que amor você está buscando? O amor a imagem ou o amor de almas?

Reflexão sobre a auto-estima

Dia desses, lendo alguns jornais desta semana que passou (ler jornal faz parte da minha função na empresa em que trabalho, acreditem!), deparei-me com uma notícia que me fez parar por um instante e refletir: um paraplégico invadiu a faculdade em que estudava armado, procurou pela professora que lecionava alemão para ele, trancou-se em uma sala com ela e, com a arma apontada para ela, perguntou se ela sabia o que significava desprezo. Em seguida, deu dois tiros em sua direção (mas não para acertá-la e, de fato, não acertou mesmo), até que, por fim, apontou a arma para a própria cabeça e atirou. A pobre coitada da professora fisicamente nada sofreu, mas o estado de choque em que se encontra mostra que terá algo ruim para se lembrar pelo resto da vida. O homem faleceu no hospital depois de dois dias em estado grave na UTI.
Tudo o que se sabe desta história e do por que deste homem ter cometido tamanha loucura é que ele nutria uma paixão pela professora quando ainda estudava na faculdade e já tinha demonstrado para ela várias vezes seu sentimento que, para azar dele, não era correspondido. O rapaz, então, enlouquecido e revoltado com o que ele considerou desprezo, levou seu amor louco até as últimas conseqüências.
O que mais me chamou a atenção nesta história foi a pergunta que ele fez a ela antes de se matar: “você sabe o que significa desprezo?”
Quem nunca se sentiu desprezado? Quem nunca se apaixonou por alguém que não foi capaz de corresponder aos seus sentimentos? Esta é uma situação comum, que acontece ou já aconteceu um dia com todas as pessoas, mas não é normal para alguém que sente-se diferente do resto do mundo.
O que talvez ele tenha chamado de desprezo, é apenas a falta de interesse da professora em ter um relacionamento amoroso com ele. Gostar de alguém que não gosta de nós é muito doloroso, mas é um fato da vida que não pode ser evitado. Os corações não são iguais, não batem na mesma sintonia e acaba nisso: amor desencontrado Mas para este homem, o problema não era a professora não se interessar por ele, o problema era a professora não se interessar por ele porque era paraplégico.
Pessoas que se sentem à margem do mundo, por qualquer motivo que seja, não conseguem enxergar mais nada em sua frente além de seu “defeito” (que pode ser desde um excesso de peso até uma deficiência), e tudo o que lhes acontece de ruim usam este “defeito” como motivo para o que ocorreu. Estas pessoas sentem-se constantemente injustiçadas e, principalmente, vítimas de preconceito. Acham que as pessoas a olham de maneira diferente na rua, que debocham dela, normalmente estas pessoas têm mania de perseguição.
O que elas são incapazes de perceber é que o preconceito que, muitas vezes, acreditam vir dos outros, está, na verdade, enraizado dentro de si mesmas, e acabam transferindo para os outros a imagem que têm de si.
Dizem que somos aquilo em que acreditamos ser, e essa é uma verdade incontestável. Se nos valorizamos, temos uma boa auto-estima e estamos bem com nossa auto-imagem, automaticamente as pessoas nos valorizarão, respeitarão e terão uma boa imagem de nós. Porém, se estamos ressentidos, com a alma destruída e com a auto-estima lá embaixo, com certeza as pessoas nos verão como fracassados, dignos de pena, sem moral e agirão dessa maneira conosco. O desprezo nada mais é a nossa maneira de enxergar a atitude de outrem. E só somos desprezados se nos permitirmos ser, pois a auto-estima nos impede de deixar que outras pessoas façam de nós o que bem entenderem.
Antes de apontar uma arma para a sua cabeça e decidir que a hora de abandonar este mundo cão chegou, pense que ninguém alem de você mesmo é responsável por sua própria felicidade. Se você não é feliz consigo mesmo, por dentro, dificilmente conseguirá encontrar essa felicidade do lado de fora, nas outras pessoas. É muito difícil compreender isso, pois a grande maioria de nós cresceu acreditando que a vida só seria completa ao lado de um grande amor, que viria para acabar com todos os males e trazer a felicidade em uma bandeja. Eu cresci acreditando nisso. Milhares de pessoas cresceram acreditando nisso. E quando nos deparamos com a realidade de que ninguém é capaz de nos fazer feliz além de nós mesmos, ficamos em estado de choque, revoltados por ter sido enganados por tanto tempo e descrentes em nossa própria capacidade de encontrar a felicidade interior. Então é mais fácil culpar os outros pela nossa infelicidade do que assumir a nossa responsabilidade de trazer cor aos nossos dias, de desenhar um sol todas as manhãs em nossa vida.
Eu estou tentando. Não é fácil, é um exercício diário de auto-superação e recuperação da auto-estima, mas não é impossível. Saber que as pessoas são complementos em nossa vida, jamais a nossa vida, é o primeiro e mais importante passo para o encontro com a felicidade mais gostosa e realizadora desse mundo: a felicidade interior.
Ame-se como você é, e verá que as pessoas que realmente te amam também te amarão sem exigir nenhuma mudança!