Objetivo

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Cansaço

Quero dormir e não posso. Estou trabalhando muito e, portanto, estou cansadíssima, mas meu bebê não tem me deixado dormir pelas últimas quatro noites, está doentinho e, por isso, bem enjoadinho.
No pouco tempo em que cochilei, tive um pesadelo horrível: eu descobria, através de mensagens de celular, que o grande amor da minha vida estava vivendo um novo relacionamento. Este sonho me fez acordar assustadíssima, e me lembrar de que, mais dia, menos dia, ele se tornará real e eu nada poderei fazer, pois já não mais faço parte da vida desse homem que eu tanto amo. E sempre que eu penso nessa possibilidade, me dá um friozinho na barriga, simplesmente porque eu ainda não aprendi a conviver com essa perda.
Ouvindo sempre as mesmas palavras. Pensando sempre as mesmas coisas. Sentindo sempre as mesmas dores. Chorando sempre as mesmas lágrimas.
Meu dente do siso dói. Meu ouvido dói. Minha garganta dói. Meus joelhos doem. Minha cabeça dói. Meu coração dói.
Estou tão cansada! Só queria um colo gostoso para deitar e descansar, e esquecer toda a pressão de todos os dias dessa vida louca que a gente leva. Mas eu não tenho um colo. Eu não tenho um porto seguro. Eu não tenho para onde ir. Estou sozinha com meus pensamentos e problemas. Eu acho que o problema sou eu.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Constatação do dia

Se eu usasse a minha persistência para alguma coisa útil, com certeza já estaria rica.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A felicidade é mesmo feita de pequenos momentos

Ontem, ao chegar do trabalho, assim que abri a porta, deparei-me com minha mãe sentada no sofá da sala com meu bebê no colo, ele estava meio dormindo, meio acordado, mas o fato é que estavam me esperando.
Todos os dias sinto saudades do meu filho, mas, particularmente ontem, estava com mais saudade ainda, pois na noite anterior, quando cheguei do trabalho ele estava dormindo, então fiquei pouco tempo em sua companhia, pois ele só acordou para tomar banho e comer.
Nem mesmo fechei a porta, minha mãe já foi me contando que o Rhian aprendeu a dar tchau. Fiquei perplexa e, claro, muito curiosa, pois quando saí de manhã, naquele mesmo dia, meu filho nem imaginava o que seria um gesto de tchau.
Para minha sorte e alegria, quando peguei-o do colo da minha mãe, ele acordou, meio mal-humorado (acordar mal humorado me lembra o pai dele, pois este é um hábito diário dele), mas acordou. Ficamos insistindo para que ele fizesse o tal “tchau”, mas criança adora nos desmentir: sempre que dizemos que ela faz uma coisa, na frente dos outros ela simplesmente não faz, e, claro, ele não poderia dessa vez fazer diferente.
Quando, depois de muito insistir em vão, resolvi deixar o tchau pra lá e olhar para a televisão, não é que meu bebê decidiu me mostrar que ele aprendeu mesmo? É muito engraçadinho: ele faz o tchau com a mão fechada e, ao invés de balançar a mão para um lado e para o outro, balança para cima e para baixo, mas não importa, não deixa de ser um tchau. É uma das coisas mais lindas que eu já vi na minha vida...
E, neste momento, eu percebi qual é a graça de ser mãe. Ver o desenvolvimento de um ser um humano é mágico, é único, é lindo. Dar tchau é uma coisa tão comum, fazemos isso todos os dias, o tempo todo, mas ver um bebê aprendendo o gesto é maravilhoso, dá uma inexplicável sensação de alegria, de paz.
Mandei uma mensagem para o papai para contar o seu grande feito, e ele ficou tão feliz e admirado quanto eu. Mais tarde, ele me mandou outra mensagem dizendo que ainda não experimentou em sua vida amor maior que esse que ele sente pelo filho, e eu perdi a chance de dizer a ele que não sentiu e nem vai sentir nunca, porque não existe amor maior. A Lei da Criação é tão perfeita que Deus não permite que nenhum amor seja maior do que o de um pai por seu filho.
Confesso que na noite de ontem, eu senti uma felicidade gostosa no meu coração, e compreendi o ditado de que “a felicidade é feita de pequenos momentos”.
A cada dia que passa, meu filho me traz esperança e vontade de viver. Cada gesto dele, cada olhar, cada atitude, cada sorriso me dão força para acordar por mais um dia, e mais um, e mais outro, e querer viver para saber como ele vai ser, o que ele vai fazer, o que ele vai aprender de mim.
Apesar do susto, desde o primeiro instante em que eu constatei que ele estava crescendo na minha barriga, eu soube que ele me traria muita felicidade, mas entre saber e sentir, hoje vejo que há uma grande distância. Nunca imaginei que a alegria e o orgulho de ser mãe fossem tão grandes e tão gratificantes como sei que são agora que o tenho em meus braços. Não me arrependo em nenhum segundo por não ter desistido dele, por ter lutado até o fim por sua vida, pois o nascimento dele deu sentido à minha vida apagada pela dor das desilusões.
E vendo aquele tchau lindo e desconsertado, fiquei imaginando que ele nem sabe como aquele gesto às vezes dói no coração dos adultos. Doeu muito no meu coração quando o pai dele fez aquele gesto para mim. Meu filho nem imagina o que realmente significa uma despedida, apenas a faz, inocente.
Esta é a mágica de ser criança...
:)

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O Momento

Tomar uma decisão. Fazer uma escolha e com ela renunciar a todas as outras opções possíveis. Partir quando se quer ficar. Desistir quando ainda se quer tentar mais uma, duas, mil vezes, mesmo sabendo que nenhuma tentativa terá êxito. Calar quando se quer falar. Esquecer quando ainda se quer amar. Fechar a porta para um passado que era o sonho de uma vida e recomeçar. Caminhar a passos lentos e incertos, até adquirir firmeza nos pés e conseguir caminhar segura e feliz...
É muito difícil abrir mão de um sonho, principalmente quando ele ainda reside em seus pensamentos e te chama insistentemente para que não se esqueça dele, mas, muitas vezes, é necessário escolher entre algo que se quer muito e não se pode ter, e a felicidade. Não tenho mais o direito de ficar perdida em meus pensamentos e obsessões, pois agora eu tenho uma vida nova e pulsante para educar e guiar. Eu não posso mais me permitir desistir, pois não estou mais trilhando a estrada sozinha, trago enlaçada à minha mão a pequena mão de um anjo, que Deus me deu o privilégio de chamar de filho.
Mesmo que minha vida tenha perdido o sentido porque eu não sei mais o que sonhar, tenho que me reinventar todos os dias para, desse modo, ajudá-lo a se desenvolver e ser um ser humano digno, forte, honesto, com diferenciais que façam do meu bebê um futuro homem feliz. Porque de todas as missões que possam existir na vida de uma mulher, com certeza ser mãe é a mais nobre delas. Eu descobri que, a partir do momento que um novo ser está crescendo dentro da nossa barriga, a força e a coragem para enfrentar todas as adversidades do caminho surgem de maneira inesperada, ninguém sabe ao certo de onde. Eu acho que Deus tem um afeto especial pelas mães, e as carrega no colo quando a caminhada parece longa demais e impossível.
Desde o dia em que meu filho nasceu, eu descobri que posso aprender a viver sem muitas coisas que julgava essenciais e indispensáveis na minha vida, mas que não posso, nunca mais ser inteira sem o brilho dos seus olhinhos de anjo. Deus me deu um presente muito valioso, e junto com ele me abriu os olhos para buscar novos horizontes, pois a felicidade do meu filho depende também da minha felicidade.
Por mais difícil que seja a caminhada, e não importa em que condições ocorra, o nascimento de um bebê é sempre um recomeço feliz, é sempre mais uma chance de fazer mais e melhor por nós mesmos, e pela nova vida que chega.
De alguma maneira, sinto alívio por saber que o maior amor que eu vivi está eternizado no meu filho, mas também sei que chegou o momento de esquecer, de deixar para trás, de desistir, de não mais acreditar. Existem histórias que são mais bonitas na lembrança do que acontecendo, e eu acho que este é o caso da minha história. Transformar a tristeza em alegria, neste momento, é essencial. Concentrar todo o amor que ainda trago em meu coração por um olhar muito parecido com o do homem que eu tanto amo é o caminho da cura. Calar um coração já muito machucado pela decepção é necessário.
Eu tenho pressa de voltar a viver, porque meu filho verá o mundo primeiro pelos meus olhos, depois pelos dele. E eu não admito dar para ele menos que o melhor. Eu preciso voltar a viver para dar vida a ele.
Eu preciso esquecer para me lembrar de mim. Eu preciso perder para poder me reencontrar. Eu preciso amar novamente para não esquecer que o amor é bom. Eu preciso ser feliz para fazer meu filho feliz também. E depressa...

domingo, 9 de agosto de 2009

Ao papai


Que este sorriso possa um dia ser a razão da sua vida, que você possa reconhecer e aceitar a importância da sua missão e a benção e alegria de poder gerar uma vida.
Você me deu o bem mais precioso que pode existir nesse mundo, e eu serei eternamente grata a você por isso.
Feliz Dia dos Pais!