Objetivo

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Repensando a vida




Estava lendo postagens antigas, e confesso que me senti muito envergonhada ao perceber a minha regressão nos últimos anos. Continuo sendo a pessoa do "quase" e isso me entristece muito. Quase emagreci, quase esqueci meu antigo amor, quase fiquei em um bom emprego, quase conquistei as coisas que queria. Quase. Porque quando estou praticamente conseguindo o que quero, "magicamente" me desvio do caminho e volto aos velhos e destrutivos hábitos. Por que me auto-saboto? Ainda não sei ao certo. São dezenas de possibilidades e explicações e a verdade é que eu não quero entender o por quê, eu quero parar com essa atitude.
Fui presenteada no começo do ano com dois livros: "Deixe os homens aos seus pés" e "Pare de reclamar e concentre-se nas coisas boas". Sou uma apaixonada por livros, principalmente os de auto-ajuda, mas se eu estivesse em frente a uma prateleira de uma livraria, eu jamais os compraria. O primeiro porque acharia que eram dicas para conquistar homens, e eu não tenho o mínimo interesse nisso; o segundo porque eu jamais imaginei que reclamava tanto na minha vida e o quanto a reclamação é prejudicial. Acontece que me enganei completamente: o primeiro livro não dá dicas para achar homens, mas nos ensina a ter autoestima, a nos amar, a sermos nós mesmas, a nos aceitar e nos encontrarmos como as mulheres irresistíveis que todas nós somos. Ele é fantástico, toda mulher deveria ler. Já o segundo, ainda estou na metade, mas desde a primeira linha já me identifiquei e me apaixonei (claro, depois do susto inicial por descobrir que eu reclamo demais, de absolutamente tudo!). A frase que mais me marcou de cada livro foi:

Deixe os homens aos seus pés: "Ao que você resiste, persiste" (ou seja, tudo aquilo que ficamos pensando que não queríamos que tivesse sido daquela forma, em outras palavras, a tudo o que resistimos, permanece na nossa vida, justamente por não aceitarmos a forma como aquilo é)

Pare de reclamar e concentre-se nas coisas boas: "Nossos pensamentos criam nosso mundo, e nossas palavras revelam nossos pensamentos" (bom, acho que dispensa explicações).

Nos últimos dias me senti muito triste ao perceber o quanto eu mesma atraso a minha vida com toda a minha negatividade e com todos os pensamentos ruins que nutro a meu respeito, sem falar nas inúmeras reclamações sobre tudo e sobre todos. Foi muito doloroso para mim enxergar e admitir esses comportamentos destrutivos, mas, ao mesmo tempo, foi libertador. A ignorância acerca das coisas nos "dispensa" de mudá-las, porém nos causa muito sofrimento; a descoberta desses comportamentos é difícil e dolorosa em um primeiro momento, mas é o primeiro passo rumo a uma nova vida, mais leve e mais feliz. E é exatamente essas duas coisas que estou buscando: LEVEZA e FELICIDADE.

Sim, eu quero muito emagrecer, mas não preciso esperar isso acontecer para começar a me amar; posso fazer isso agora mesmo, com o peso que estou, posso me cuidar, me tratar muito bem e me valorizar como a boa pessoa que sou.
Completei 27 anos em outubro do ano passado com um sentimento muito ruim de que a minha vida jamais muda, de que ela é sempre uma longa e monótona repetição dos mesmos fatos e sentimentos. Enquanto me lamentava do rumo que as coisas tomaram e buscava culpados para isso, tive o grande susto de descobrir que a única culpada disso sou eu... não me sinto feliz com isso e nem tenho um pingo de orgulho, mas assumir a responsabilidade de nossas vidas nos tira do papel de vítima e nos lança ao maravilhoso papel de protagonista, de onde você é capaz de operar milhares de mudanças. Eu nunca percebi quanto poder eu tenho sobre a minha vida e que somente eu serei capaz de mudá-la. Há vários anos espero por um grande acontecimento que faria um milagre e transformaria toda a tristeza, dor e solidão em uma felicidade genuína e pura.  Hoje eu sei que nada disso vai acontecer, porque somente eu posso me salvar e salvar a minha vida. Ficar aqui sentada reclamando não vai trazer mudanças, apenas mais problemas. E eu não quero mais problemas, nem dor, nem sofrimento, nem tristeza, nem qualquer coisa ruim que possa me trazer qualquer tipo de sentimento ruim.

Estou caminhando devagar e sempre, cada dia descobrindo uma coisa nova, cada dia me redescobrindo, ao perceber que nunca me enxerguei como realmente sou e que nunca percebi quanto poder tenho nas minhas mãos para mudar o rumo da minha vida. E eu tenho desejado tanto, mas tanto essa mudança que sei que o universo conspirará ao meu favor e me trará as ferramentas para realizá-la.

Estou de volta, com energia renovada e com uma vontade enorme de fazer tudo diferente!!!!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Decretado o fim das gordices

Tenho inúmeras postagens iniciadas e não terminadas em meus rascunhos aqui do blog, e os motivos por não tê-las terminado são os mais diversos: falta de tempo, falta de ânimo, falta de palavras, falta de vergonha na cara, falta de consideração comigo mesma e com o tanto que gosto de escrever, enfim... muitas coisas aconteceram desde minha última postagem, a melhor delas é que Rhian retirou os fios de kirshner em outubro, a cirurgia foi um sucesso e ele ficou com o braço perfeito novamente, graças a Deus sem nenhuma sequela. Confesso que isso deixou meu coração de mãe muito mais aliviado. Ver meu filho com a saúde completamente restabelecida foi uma das melhores sensações da minha vida.
Com Rhian recuperado e de volta à escola, decidi que era hora de cuidar de mim. Comecei minhas caminhadas que há tanto tempo prometia fazer e comprei shakes da Herbalife para tomar. Estava levando tudo muito a sério, e cheguei a emagrecer 6 kg. em um mês, estava empolgadíssima, e de repente, como sempre, larguei tudo e voltei ao sedentarismo e às comilanças. Não sei por que faço isso, mas sempre saboto o meu próprio processo de emagrecimento.
Sinceramente, não sei como e nem quanto tempo isso vai demorar, mas decidi que não quero mais ser gorda. Há várias razões para essa decisão, mas a principal delas é que quero deixar de ser vista somente como uma gorda e ter minhas qualidades exaltadas. Sendo gorda, isso é impossível. Cheguei á conclusão de que você pode ser a melhor pessoa do mundo, mas se for gorda, não passará de uma gorda. As pessoas sempre julgam as outras pela aparência, jamais pelo que são de fato. Gostaria de ser dessas pessoas que realmente não dão a mínima ao que os outros pensam e falam delas, mas infelizmente não sou. Eu me importo, e muito, com o que as pessoas falam de mim, e sinceramente não aguento mais tantas críticas acerca do meu peso. Quero ser mais do que uma gorda, quero mais do que conselhos sobre emagrecimento: quero conseguir comprar roupas sem ter tanta dor de cabeça, quero subir escadas sem morrer de cansaço no final, quero ser olhada, admirada, quero voltar a me sentir mulher, quero amar a imagem que vejo no espelho, quero me sentir um pouco mais feliz, de alguma maneira.
E então, mais uma vez, recomeço o caminho de volta. Sei que já é a milésima vez, sei que ninguém mais me dá crédito e bota fé em mim, mas mesmo assim eu vou tentar. Assim que eu tiver um pouco mais de ânimo, voltarei aos meus textos mais bem elaborados e a visitar os blogs de vocês. Obrigada pela compreensão e o carinho de sempre.

Beijos.