Objetivo

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Quando o desespero cega...

Um momento em que tudo é silêncio e vazio na alma. A cabeça dói por já não ter mais o que pensar. Sem saída e sem rumo, já não se sabe mais o que fazer. Não há coragem sequer para desistir. Mas também não há coragem para tentar. Não há mais nada. Apenas um silêncio frio e vazio...
Lágrimas nos olhos, que de nada adiantam, nada resolvem. Chega um momento em que nem lágrimas mais há para chorar. Eu olho para todos os lados, vejo mil pessoas a meu redor, mas ninguém me compreende.
Sozinha e incompreendida, mil pensamentos na cabeça, um sentimento infinito que machuca e corrói o meu coração. Eu olho para os céus pedindo por socorro e nada vejo, nada ouço...
Até quando, meu Deus? Até quando o desespero cuidará da minha vida e eu serei incapaz de tomar as rédeas do meu próprio destino?
Eu não agüento mais tanta pressão, tanto silêncio, tanto vazio, tantas questões, tanta angústia, tanta ansiedade... quem pode me compreender? Quem pode olhar nos meus olhos e sentir a dor que me sufoca e cala as minhas palavras? Ninguém? Ninguém...
Eu me vejo perdida, vazio e dor que nunca passam, vida que nunca muda. Simplesmente não agüento mais sorrir sem querer sorrir, viver por viver, sem sonhos, sem objetivos, sem palavras para dizer, sem saber como agir, sem saber o que esperar do amanhã.
Palavras... do que adiantam as palavras? Palavras imbecis, palavras ao vento, palavras que não comovem corações. Hoje talvez eu compreenda de onde vem essa pessoa complexada e insegura que sou...
Apatia... eu não quero mais tentar, eu não tenho mais vontade de tentar. Só quero que me deixe aqui, quieta...

Nada Sei (Kid Abelha)

Nada sei dessa vida
Vivo sem saber
Nunca soube, nada saberei
Sigo sem saber

Que lugar me pertence
Que eu possa abandonar
Que lugar me convém
Que possa me parar...
Sou errada, sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante
Vou errando
Enquanto tempo me deixar
Errando
Enquanto o tempo me deixar...
Nada sei desse mar
Nado sem saber
De seus peixes, suas perdas
De seu não respirar...
Nesse mar, os segundos
Insistem em naufragar
Esse mar me seduz
Mas é só prá me afogar...

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