Objetivo

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Somente uma gorda



É, a balança tá de mal de mim... rs




Eu já fiz muita coisa nessa minha vida. Estudei por anos a fio em busca de uma boa e sólida formação. Sou mãe, blogueira, filha, profissional, amiga, companheira, uma pessoa que luta por um lugar ao sol todos os dias.
Como todo ser humano nesse mundo, tenho defeitos e qualidades. Posso ser muito doce e meiga, mas também posso ser amarga e fria. Tenho um gênio difícil, mas sou uma pessoa extremamente bondosa com aqueles que gosto e que merecem, e também com algumas pessoas que não merecem, por questões do meu próprio coração.
Não sou a melhor pessoa do mundo, nem a pior. Sou comum, dentro da categoria de pessoas que não fazem mal a ninguém, que desejam uma vida melhor e batalham por ela.
Não sou a mulher mais linda do mundo, nem a mais feia. Sou uma mulher comum, com defeitos e qualidades, com um pouco de dificuldade quando o assunto é seduzir, flertar etc, mas uma mulher de bom coração e que faz o possível e o impossível pela pessoa amada.
Não sou a pessoa mais inteligente do mundo, nem a mais burra. Sou alguém que busca sempre o conhecimento; se não o tenho, procuro aprender, pesquisar, encontrar quem saiba para me ensinar.
Não fico esperando por nada que quero: corro atrás, me esforço, batalho e se não der, parto para outra, sem olhar para trás, sem me lamentar. Nunca desisti da felicidade, apesar de muitas vezes achar que ela desistiu de mim.
Acontece que nos últimos meses, as pessoas não tem visto quem eu de fato sou, onde estou, ou o que estou fazendo. As pessoas não tem me olhado, me admirado ou criticado pelo que sou. As pessoas só conseguem enxergar o meu peso. Sou a mulher que, nossa!, - tem um rosto e um cabelo tão bonitos, mas se emagrecesse ficaria fantástica. Sou a pessoa que já ultrapassou o sobrepeso e que logo, logo estará cheia de doenças ligadas e obesidade e precisando de uma cirurgia de redução de estômago (não é brincadeira, já ouvi isso).
Aos olhos de muitas pessoas, não sou nada do que escrevi no início deste post, sou apenas uma gorda. Quem é ou já foi gordo compreende perfeitamente o que estou dizendo: muitas pessoas acham que gordos não têm sentimentos, não merecem ser felizes porque não têm força de vontade: oras, se não têm capacidade nem de emagrecer, teriam capacidade para quê nessa vida?
Sim, estou falando também de preconceito que, infelizmente, mesmo em um mundo tão mudado e moderno, ainda existe. Mas estou falando também das pessoas que nos cercam, daquelas que nos amam e querem o nosso bem. Sim, porque as pessoas acham que querer que o outro seja magro a qualquer custo, é querer o bem. Mas neste julgamento, não levam em consideração, por exemplo, o que leva essa pessoa a comer tanto, o que a faz não ter a força de vontade mágica de emagrecer, aquela que transforma tantas vidas nas capas de revistas.
Conheço uma cassetada de pessoas que emagreceram por sua própria força de vontade, a grande maioria aqui pelo blog, que traçaram um objetivo e o perseguiram até o final, e todas essas pessoas sabem que, não, não foi fácil e nem nunca vai ser, porque a pessoa que tem tendência a engordar está fadada a lutar com a balança para o resto da vida ou se conformar com a sua gordura. Não há fórmula mágica no emagrecimento, não há um botão “força de vontade” que você simplesmente liga e pronto: a dieta vai ser fácil, a rotina de exercícios físicos será maravilhosa e apaixonante e, plim, em dois meses estará linda, gostosa e saudável. Isso não existe. Emagrecer requer esforço, disciplina, doses diárias e eternas de muita força de vontade, com a noção de que as quedas acontecerão, mas com a maturidade de retomar exatamente de onde parou, quantas vezes forem necessárias.
Não estou fazendo apologia à gordura e nem nada do tipo, estou apenas pedindo às pessoas que parem de julgar as outras por seu peso e passem a vê-las como seres humanos, com medos e limitações como todos os outros. E, sim, gordos têm espelho em casa, se enxergam, sabem seu tamanho e, por mais que digam que não sobem na balança há anos, com certeza sabem que estão pesados demais e fora do que é saudável, então não precisam ficar sendo cobrados e pressionados a mudar, isso não ajuda em nada! Pense em uma pessoa que já está insatisfeita com seu corpo, sabe que o excesso de peso está prejudicando sua vida, sabe das doenças associadas à obesidade e, inclusive, já até está desenvolvendo algumas delas. Agora junte a essa pessoa um monte de outras pessoas dizendo tudo o que ela já sabe e cobrando-a emagrecimento, exercícios físicos, criticando suas roupas ou suas atitudes em relação à comida. Não ajuda em nada! É claro que é para o bem da pessoa, disso não tenho dúvida nenhuma, as pessoas só estão preocupadas e querendo ajudar, porém existem outras formas de se ajudar alguém que não as críticas.
Criticar por criticar, sem apresentar uma solução viável, é cansativo e irritante e não sei no caso das demais pessoas, mas quanto mais alguém me critica gratuitamente, mais tenho vontade de repetir aquele comportamento, só para incomodar mais um pouco.
Respeite as limitações das pessoas, compreenda suas dificuldades, medos e incertezas, não trate o problema do outro como pequeno só porque ele é pequeno aos seus olhos. E se não pode, sabe ou não está disposto a fazer nada disso, então não opine. Se a sua opinião não vai ajudar, então ela não é bem-vinda.
O que eu mais gosto nesse espaço é lidar com pessoas que sabem o quanto o excesso de peso é prejudicial, mas que já o enfrentaram ou ainda enfrentam e sabem de todas as dificuldades para emagrecer e também de toda a alegria em atingir suas metas/objetivos. Pessoas que não julgam, porque sabem o quanto é difícil, mas sim que encorajam com seus exemplos e sua garra, e não que ficam apenas dando sua opinião, mas mostrando que é possível e incentivando pessoas a conseguirem também, mesmo com todos os desafios que vêm pela frente.
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Boa tarde!
Depois do desabafo de uma pessoa que tem ouvido todos os dias críticas acerca de sua forma física (eu tenho espelho e balança em casa, além de um blog que trata do assunto emagrecimento, mas muita gente não reparou isso ainda) e ganhando vários lugares de gestantes em ônibus e metrôs (queria que fosse brincadeira, mas não é), venho aqui dizer que já não sei mais o que fazer. Não tenho conseguido levar uma dieta nem por um dia inteiro, o que dizer do tempo total para atingir o meu objetivo. Sinto muita vontade de comer e é a comida que muitas vezes me faz a companhia que não tenho de pessoas. Como todo bom vício, sei que faz mal, que não é recomendado e que meu corpo já está saturado, mas não estou conseguindo parar. Não posso dizer com 100% de certeza, pois ainda não passei no endocrinologista e não fiz exames, mas acho que estou com algumas doenças associadas a obesidade.
O que eu preciso neste momento é ler de vocês como fizeram/estão fazendo para lidar com a luta, com qual dieta se deram bem, como controlam a ansiedade, como se motivam, onde buscam tanta força de vontade e quais são as principais dificuldades que enfrentam/enfrentaram. Preciso da força e da palavra de pessoas que sabem do que eu estou falando, e não simplesmente acham ou supõem que sabem. Preciso de vocês. Topam me ajudar?
 
Beijocas e tenham um excelente final de dia!

2 comentários:

Bethynha disse...

Pois é Nati, qndo eu estava bem mais aicima do peso que estou hj eles falavam a mewsma coisa, vc tem um rosto bonitop, um cabelão pena que é gordinha ne.. Eu pesava 81kg, não muito a mais que vc. Então passei por vários obstaculos. Temos que lutar todos os dias., sei que é dificil, pora mim tbm foi, e esta sendo ate hj, Saber se controlar é dificil, as vezes a gente coloca tudo a perder. O importante é sempre recomeçar. Vamos la que vc é forte, estamos juntas nessa batalha.
bjao

Gê Simões disse...

Oiii

Como é difícil ser mulher, quanto mais nos fazemos, qto melhores nós somos, para o mundo e para nós mesmas nunca é o suficiente... Isso cansa demais né, mas a gente tem que sacodir a poeira e seguir em frente em busca dos nossos sonhos.

Beijos