Objetivo

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Tentando ser uma pessoa melhor

 Aos 27 anos e mãe de um menino lindo de 4 anos, cheguei a concussão de que nunca tive maturidade. Nunca me preocupei em sair da casa dos meus pais e ter a minha própria casa, nunca me responsabilizei por nada, nunca sequer fiz um imposto de renda sozinha. Sempre deixei tudo na mão dos outros.
Eu amo meu filho, porém nunca fui 100% responsável por ele. Posso contar nos dedos as vezes que lavei suas roupas, fiz comida para ele e o levei ao médico ou a escola sozinha. Não tenho controle sobre sua educação e decisões importantes de sua vida. Sou uma mãe presente,  durmo e acordo com ele todos os dias, mas não sou uma mãe completa. Nunca pensei em ter uma vida só nossa, talvez porque sempre tive dificuldade em aceitar que somos apenas nós dois. Ver meus sonhos de ter uma família unida e feliz espalhados pelo chão ainda é algo que me assombra e me magoa; nunca consegui superar. Acontece que escolhi ser mãe, mesmo contra a vontade do pai da criança, e preciso assumir essa responsabilidade que pertence somente a mim, e não aos meus pais, irmã, avó etc.
Aos 27 anos, pela primeira vez na vida tomei consciência de que não construí nada para mim, não busquei meu lugar ao sol, e senti uma imensa vontade de ter uma vida só minha, de superar a dor e a revolta de ver meus planos totalmente modificados e seguir o caminho, olhando para frente e deixando o passado no lugar a que ele pertence. Quero pagar contas de água e luz, fazer compras, saber quanto custa sustentar um filho e uma casa. Quero tirar dos meus pais a responsabilidade que já não deveria pertencer a eles desde que completei 18 anos, quase uma década atrás. Quero tomar as rédeas da minha própria vida, podendo errar sem ter plateia e sem ser julgada toda hora. Quero poder ser algo que não sou hoje porque não me permitem que eu seja, mas me cobram por isso. Na verdade, quero descobrir quem eu de fato sou longe dos estereótipos que me foram impostos e eu aceitei de bom grado, por não ter autoconfiança suficiente para dizer ao mundo quem sou e sustentar essa versão. Quero descobrir o que sou por detrás dessa criança que ainda espera por um "salvador", alguém que assuma a responsabilidade que cabe somente a mim: me fazer feliz. Quero ser responsável por meus ganhos e perdas, pelo meu sustento e pela educação do meu filho. Quero ser responsável por mim, por meus atos e todas as minhas decisões. Quero deixar de acreditar que sou uma inútil, uma incapaz e que nada dá certo na minha vida e adquirir uma postura mais otimista e confiante diante dos meus desafios, e isso inclui emagrecer também.
Não posso mais ficar criando desculpas e brecando o meu próprio desenvolvimento. Se tanta gente consegue, por que eu não vou conseguir? Estou pensando na Dieta das Notas, o que acham?
 
Beijos e mais beijos!


1 comentários:

Gê Simões disse...

Oiii

Eu acho que nunca é tarde pra perceber e mudar as coisas, e que bom que vc chegou a essa decisão, espero que tudo de certo, tenho certeza que vc sentira orgulho de todas as suas conquistas.

Beijos