Objetivo

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Incoerente, mas Real

Versos mudos. Palavras tolas de uma criança que ainda acredita em tudo e em todos. Olhar de menina inocente, que ainda não se deu conta do quanto a maldade humana é grande e sem limites. Eu me calo diante dessa situação, pois meu silêncio neste momento é a minha maior arma. E meu coração machucado só eu mesma poderei curar.
Eu caminho pelas ruas escuras da vida tentando compreender fatos incompreensíveis, tentando chorar lágrimas que já foram choradas, para ver se meu coração se alivia da dor e da angústia que ainda pairam sobre ele, mesmo todo esse tempo depois. Tempo que parece não passar. Dia que parece nunca amanhecer. Não suporto mais meu olhar falso de felicidade. Odeio meu sorriso cínico de alegria vazia, mentira que eu mesma criei para fugir da fria e triste realidade do abandono. Eu aprendi a fugir da dor antes que ela me consumisse, embora não agüente mais dissinular a respeito da minha própria vida.
Quem sou eu? Não olhe diretamente em meus olhos para responder a uma pergunta que não tem resposta. Meu olhar vazio só mostrará a minha alma também vazia. Sentimentos que já corroeram e já machucaram, e que agora são levados lentamente pelo vento...
Minhas palavras não tem nexo. Meu mundo agora está totalmente desconexo. Não quero ouvir, nem quero pensar, só por hoje.
Prefiro a morte a ter que fingir por mais um dia.

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