Objetivo

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Uma cena cômica

Aconteceu comigo hoje, e eu não pude deixar de comentar. Todos os dias, para trabalhar, preciso pegar o ônibus 147 – Terminal São Caetano - , e ainda por cima desço no ponto final, mas parece que o mundo inteiro precisa pegar este ônibus, pois ele está sempre (e quando digo sempre não é exagero, é sempre mesmo) lotado. Hoje, mais especificamente, ele estava ainda mais lotado do que de costume, portanto eu não passei a catraca, pois eu não estava nem um pouco afim de me amassar lá no fundo, porque estou com uma dor terrível na coluna, ocasionada por uma limpeza de casa no domingo de manhã. Arrumei um cantinho lá na frente, de pé, e lá fiquei, enquanto um simpático cidadão (ainda existem pessoas educadas e solidárias no mundo, acredite!) que estava sentado segurava meu fichário.
Acontece que, em determinado ponto, o simpático cidadão levantou-se e eu, na ausência de idosos, deficientes físicos e mulheres com crianças no colo no ônibus, sentei-me. Pego ônibus em um horário muito ingrato, às 6h30 da manhã, por isso é relativamente raro encontrar estes “casos especiais” a esta hora, por isso a frente do ônibus fica quase toda ocupada por pessoas que não encontraram lugar depois da catraca.
Definitivamente, não tenho nada contra idosos, deficientes físicos e mulheres com crianças no colo, muito pelo contrário, respeito muito esta preferência que eles têm dentro dos ônibus, e sempre que alguém precisa cedo meu lugar, até mesmo quando não estou sentada nos assentos especiais. Faço isso, primeiramente porque é o que está escrito lá na plaquinha e, se existe uma preferência significa que, de fato, deve ser muito difícil ficar de pé em um ônibus segurando um bebê ou apoiado em uma muleta, ou até mesmo com a idade lhe pesando nas pernas e também porque eu pretendo um dia ficar grávida, e talvez eu vá precisar que as pessoas me cedam seu lugar e eu também vou ficar velha e, quem sabe, eu ainda precise andar de ônibus quando este dia chegar? Além disso, eu tenho uma vovozinha linda de 73 anos e fico muito triste quando saio com ela em tardes de sábado (ultimamente isso não tem mais acontecido, pois ela praticamente não anda mais) e ninguém cede lugar a ela no ônibus. Claro que fico um pouco incomodada com o fato de existirem pessoas que nunca cedem o seu lugar, que sempre fingem que estão dormindo. Normalmente, são sempre as mesmas pessoas que fazem isso. Ou você acha que todas as pessoas do mundo têm consciência? Não têm. Acredito que se todas as pessoas tivessem um pouquinho de consciência e respeito ao próximo o mundo seria muito melhor, afinal, porque sempre eu tenho que levantar e ceder meu lugar? Trabalho como todas aquelas outras pessoas que estão no ônibus e fingem dormir, e estou tão cansada quanto elas. Acho que não custa nada de vez em quando não sermos tão egoístas.
Acontece que, em determinado ponto da viagem, já em São Caetano, a uns dez minutos do meu local de descer (o ponto final), entrou uma senhora no ônibus. Para se ter uma base de como este ônibus estava lotado, nem mesmo a dez minutos do ponto final havia assentos disponíveis. É claro que eu vi esta senhora, embora eu estivesse um pouco sonolenta no momento, e é claro que eu ia levantar para que ela se sentasse (afinal, se eu não me levanto, praticamente ninguém naquele maldito ônibus levanta – quase sempre tem que ser eu! rs). A questão é que antes disso, eu precisava pegar o dinheiro da passagem na minha bolsa, pois, embora seja possível, requer uma boa técnica de malabarismo retirar dinheiro da carteira carregando um fichário enorme nos braços e com um ônibus em movimento (de vez em quando este motorista decide dirigir como um louco). E então, enquanto eu tirava o dinheiro de minha carteira, esta “respeitável” senhora fez o seguinte comentário, em voz alta, a um senhor que havia acabado de entrar no ônibus:
- Você vê como são as coisas? Os idosos ficam de pé e os jovens ficam todos sentados. Porque aqui na frente eu só estou vendo jovens e ninguém levanta pra gente sentar.
(Claro que eu não me lembro com quais palavras exatamente ela disse, mas foi isso que ela quis dizer, afinal).
Eu terminei de tirar o dinheiro da carteira e levantei do lugar, no qual ela sentou-se, mas não imediatamente. Dirigi-me à catraca sem dizer uma palavra, primeiramente pelo grande respeito que eu tenho aos idosos, e segundo porque eu não estava com um pingo de vontade de me indispor às 7h45 da manhã.
Mas gostaria de fazer algumas considerações (coisas que eu penso já há um bom tempo, mas que nunca disse a ninguém):
1º - o que uma pessoa maior de 65 anos de idade precisa fazer na rua antes das 7 horas da manhã, sendo que ela é aposentada? (salvo os casos onde a pessoa tem uma consulta marcada ou alguma emergência).
2º - idosos não pagam passagem, portanto, podem pegar qualquer ônibus e quantos ônibus quiserem e precisar. Porque, então, eles pegam ônibus que vêm lotados?
3º - idosos morrem se ficarem 10 minutos de pé? (afinal, este era o tempo que esta senhora ficaria de pé de acordo com o local onde ela pegou o ônibus). Neste caso aqui, abro uma exceção: estou falando de idosos que, apesar da idade, estão em boa condição física, pois eu sei que, existem, sim, idosos que não conseguem ficar de pé nem por dois minutos (tenho uma idosa assim na minha casa) – ela era uma idosa em boas condições físicas;
4º - se você está vendo que a pessoa vai se levantar para te ceder o lugar, para quê ainda fazer um comentário desses?
Eu compreendo perfeitamente que aqueles assentos são preferenciais, mas, sinceramente, eu acho que educação não mata! Eu sei que os idosos passam por coisas muito desagradáveis, têm pessoas que não cedem lugar de jeito nenhum, o outro pode estar morrendo ao lado, que finge que nem viu e que nem é com ela, mas eles também não têm o direito de sair ofendendo trabalhadores que levantam às 5h30 da manhã e entram em um ônibus lotado (e só podem pegar aquele ônibus, não têm outra opção) com as mãos tão cheias que se ninguém que estiver sentado segurar as coisas para ele, o mesmo não consegue se manter de pé durante o trajeto. Além disso, existem pessoas que precisam muito mais de um lugar que ela e nem por isso fazem este tipo de grosseria.
A parte cômica da história vem agora: a referida senhora desceu no ponto final também, e, enquanto eu praticamente me arrastava na rua, tentando administrar o peso do meu fichário e da minha bolsa com a minha dor na coluna, ela passou por mim correndo (e correndo de um jeito que acho que eu não corro em estado normal! rs) para pegar um outro ônibus no ponto. Só há um problema: acho que ela não enxerga muito bem de longe, pois ela correu tanto e o ônibus não era o que ela queria.
Agora eu fico me perguntando apenas uma coisa: aonde será que ela ia com tanta pressa e tanta disposição?

1 comentários:

>>>DiiiH disse...

Nuossa naaahhh, to bege to bege to bege, to azul !!!

São 03:30 da manhã, e eu estou aki pra dxa meu comentário sobre essa cena q vc presenciou!!!

Meuuuu essa senhora deve ser uma super hiper mega atleta neh??!!! haushuasuhauhsa

Bom vc falo uma coisa certa e q precisa ser refletido por todos, como: "Acredito que se todas as pessoas tivessem um pouquinho de consciência e respeito ao próximo o mundo seria muito melhor"

Pena q isso eh dificil acontecer no mundo q vivemos, cheio de desigualdades sociais!!!

O q importa eh q fazemos nossa parte, e concerteza seremos recompensados por esse esforço e obrigação que temos q enfrentar durante a vidaaa!!!

Mas q essa cena eh cômica, isso vc tem razão, haushuahsha...
cada coisa q acontece com a gente neh??!! haushausha...
Eu nem comento as minhas histórias dentro do Ônibus, pq soh acontece comigo essas coisas, haushauhsha, daria pra eu escrever um livro: " Diego e suas aventuras no busão" hehehehe...

Bjaummm Naahhh!!!
Adoroooo!!!

PARABÉNS PELA SUA ATITUDE!!!!

;D