Objetivo

sexta-feira, 12 de março de 2010

Família

Eu amo a minha demais, e brigo com unhas e dentes por ela. Faço o que for preciso para ver meus pais, meus irmãos e minh avó bem. Não admito que ninguém faça mal a eles. Não quero sequer que alguém de fora faça comentários ruins a respeito deles. Não aceito.
Acontece que a pessoa que lhes está fazendo mal mora debaixo do mesmo teto que nós. Com suas atitudes, está matando aos poucos todas as pessoas da família. A última que ela aprontou, desestruturou toda nossa casa e está rendendo frutos até agora.
Eu tinha visto certeza nos olhos de todos os componentes da minha família em "livrar-se" do problemas, afinal, daqui uns poucos anos ele se tornará ainda maior, mas o que tenho visto nos últimos dias é compaixão, é supervalorização de alguém que não merece, é tentativa de corrigir o incorrigível.
Muitas pessoas da minha família (parentes que não moram conosco) têm dado pitacos em relação à fuga daquela garota que um dia foi minha sobrinha, mas o que tenho a dizer a essas pessoas é bem simples: tá com pena, leva pra casa!
Quem assistiu a tudo de camarote como eu não consegue ter um pingo de dó que seja, porque só quem convive com ela bem de perto sabe a pessoa que ela realmente é. Sabe de seus teatros, de sua manipulação, de suas chantagens, de sua índole.
A única pessoa que estou sentindo ser comovida é minha mãe, que tem o coração maior do que deveria. Mas o engraçado é que quando eu tinha minhas épocas de rebeldia, como ela mesma gosta de frisar sempre que tento tocar no assunto com ela, ela não era tão maleável e compreensiva assim (e olha que eu não fiz 20% do que essa garota fez, hein!).
Acredite, minha mãe está DEFENDENDO ela. Sempre que tento falar sobre o assunto, ela desvia o foco, diz que é coisa de adolescente e que eu já fui assim (eu dou problemas para eles desde os 6 anos de idade? Eu fugi de casa aos 14 anos com um cara? Eu continuei fugindo mesmo depois de saber que meu pai poderia estar sofrendo um princípio de infarto? Eu aprendi a usar gírias de bandidagem para me dirigir a eles? Eu os tratei com deboche e sarcasmo mesmo depois de toda a merda feita? Não para todas as perguntas, portanto, não vem comparar que não tem nada de igual!)
O que eu quero dizer neste post é o seguinte: até quando ela vai viver jogando as coisas na minha cara, mesmo depois de eu ter mudado há muito tempo? Até quando ela vai achar que fui/sou uma filha ruim mesmo depois de ter passado e ainda estar passando por tudo isso com a "neta"?
Gostaria de ter meu valor reconhecido, pelo menos pelos meus pais, que são a base da minha vida. Mas tudo o que ouço são as mesmas frases, sempre, não importa o que eu faça ou conquiste.
Não importa que eu trabalhe, estude e ainda cuide do meu filho. Se eu perder a paciência no fim de semana porque quero dormir, sou preguiçosa. Não importa a pessoa que sou hoje; a pessoa que já fui um dia anula todas as outras possibilidades.
Eu só quero ser feliz, como todas as outras pessoas, e acho que mereço isso. Eu mereço créditos, mereço confiança, mereço que minha palavra seja ouvida e respeitada dentro desta família.
Eu amo meus pais, mas quero viver sozinha. Já não vinha suportando algumas coisas que estavam acontecendo e, agora, para completar, terei que dividir o mesmo espaço com uma cínica e falsa, que não tem um pingo de amor e consideração por ninguém? Não quero.
O problema é só um? Para onde eu vou?
Essa situação está me matando. Estou cansada.

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