Objetivo

quinta-feira, 18 de março de 2010

Felicidade

Bom, tenho uma coisa boa e uma coisa ruim para contar. Lembram que eu havia dito algo sobre ter engordado 1 quilo essa semana, depois eu liguei o desconfiômetro e imaginei que fosse por causa da "visita desagradável" do mês? Pois é, minha intuição estava correta. Subi na balança hoje e, tcharammmm, o tal quilo indesejável não estava mais lá!
Agora, vem a parte ruim: meu peso continua 76 quilos, ou seja, até o momento, não emagreci um graminha sequer! E o desafio está aí, estou com medo de pagar um micão segunda-feira, no dia da pesagem.
Emagrecer é uma jornada longa e difícil, e como em tudo o que é difícil na vida, às vezes bate aquela vontade de desistir de tudo, comer um monte de porcarias e aceitar meu corpo gordo e os problemas de saúde que vêm junto com ele. Mas, de repente, eu paro por um instante e penso o seguinte: se não sou capaz de controlar meu próprio corpo, sou capaz de que? Então, esfrio a cabeça e sigo o caminho. O caminho é doloroso, quem gosta muito de comer sabe do que estou falando, mas a recompensa é tão grande e valiosa que o esforço vale a pena.
Eu parar para pensar antes de comer já é um grande avanço, pois antes eu não queria nem saber. Comia o que desse na telha, depois colocava a culpa na ansiedade, no meu chefe, nos trabalhos da faculdade, no meu filho, na minha mãe, no meu cachorro... como todo gordinho que não quer admitir sua compulsão que se preze!
Eu não queria enxergar a realidade de que quem coloca comida na minha boca sou eu mesma, portanto, posso fazer escolhas todos os dias. Mas eu não queria ver que estava escolhendo o pior porque não me amava. Era mais cômodo colocar a culpa nos outros e continuar fazendo tudo errado, mas tendo um álibe.
Confesso que o susto foi bem grande quando vi as fotos de fim de ano, pois eu não tinha a dimensão do quão gorda estava. Parece que a gente cria um bloqueio mental para não enxergar o que o espelho e as pessoas estão nos denunciando.
Comecei o processo de emagrecimento por causa da festa de aniversário de 1 ano do meu filho, mas não acreditava que fosse conseguir muitos resultados. Resolvi postar esse processo no meu blog, em busca de conhecer e interagir com outras pessoas que passam / já passaram pela mesma situação que eu, para aumentar a motivação, e confesso que foi muito gratificante poder comprar roupas 1 número a menos para a festa e ouvir as pessoas falando a respeito do quanto eu estava diferente, mais bonita, mais alegre. Muitas pessoas não conseguiram definir que eram 9 quilos a menos que estavam fazendo a diferença no meu corpo, mas, como podemos perceber, emagrecer faz uma mudança geral em nossas vidas e atitudes, não só no corpo.
Nunca na vida eu havia pintado as unhas dos pés de cores escuras; hoje já me dou esse luxo, e gosto de mostrá-las com sandálias e sapatos abertos na região dos dedos. Eu não usava maquiagem; hoje já me permito mostrar um rosto mais corado e alegre. Vestidos? Nem sabia mais o que era isso, estavam todos aposentados na minha gaveta, até eu decidir que agora sou uma nova mulher. Um dos meus últimos mimos? Um vestido acima do joelho, bege, tamanho M. Uma roupa que eu jamais usaria no passado, e sabe por que? Porque no passado, eu não me amava o suficiente para saber que eu mereço ser feliz, que eu posso me vestir como todas as outras pessoas do mundo, que nem todos os olhares maldosos e risadinhas são para mim, e que se forem, também, que se dane, ninguém paga minhas contas para cuidar da minha vida!
Gordo também é gente, e merece respeito. Eu ainda estou gorda? Sim, mas isso não me impede de ser feliz hoje, agora, do meu jeito.
Hoje posso dizer que sou muito mais feliz, porque eu me permito ser eu mesma. Não importa o que os outros pensem a respeito disso.

Respeitar as diferenças é essencial!

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